Produção de limão-tahiti cresce no Semiárido

Potencial da cultura atrai produtores e garante alta produtividade

A produção de limão-tahiti tem se destacado no Semiárido nordestino, especialmente no Vale do São Francisco, como uma alternativa promissora para os fruticultores. Um projeto conduzido pela Embrapa Semiárido e Eletrobras tem demonstrado resultados expressivos, com produtividade de 17 toneladas por hectare e geração de renda semanal para os produtores locais.

Limeira ácida tahiti: adaptação ao Semiárido

Pesquisas indicam que a limeira ácida tahiti se adapta bem ao clima do Semiárido, exigindo técnicas de manejo mais simples em comparação com outras culturas cítricas. O projeto da Embrapa, em parceria com a Eletrobras e a prefeitura local, implantou áreas demonstrativas em Casa Nova (BA), incentivando pequenos produtores a investirem na cultura.

Benefícios da cultura no Semiárido

  • Maior segurança fitossanitária: Clima seco reduz a incidência de doenças como o greening.
  • Baixo custo de produção: Manejo simplificado e uso de irrigação por gotejamento.
  • Geração de renda semanal: Comercialização constante dos frutos ao longo do ano.

“Essas áreas demonstrativas servem como vitrine tecnológica para os agricultores locais. O potencial da produção de limão-tahiti no Semiárido é imenso”, explica a pesquisadora Débora Bastos, da Embrapa Semiárido.

Produtividade e viabilidade econômica

Com o uso de porta-enxerto San Diego e cultivar Cnpmf 02, a cultura tem atingido produtividade elevada. Em uma área experimental de 0,5 hectare, foram colhidas 341 caixas de 25 kg entre setembro de 2024 e janeiro de 2025, totalizando 17 toneladas por hectare.

Receita bruta por 0,5 hectare:

  • Preço por caixa: R$ 70 a R$ 100
  • Receita total: R$ 29 mil

Regularidade da produção e mercado

Ao contrário de culturas como a manga, que exigem longos ciclos produtivos, o limão-tahiti garante um fluxo de renda contínuo. “A cada semana temos colheita e geração de receita. Isso nos permite uma melhor gestão da propriedade”, afirma Domingos Castro, produtor beneficiado pelo projeto.

O mercado para a limeira ácida tahiti também é promissor. Com a crise gerada pelo greening em estados produtores tradicionais como São Paulo e Minas Gerais, a produção no Semiárido surge como uma alternativa estratégica, tanto para abastecimento interno quanto para exportação.

Parcerias e incentivos

O projeto “Eólicas de Casa Nova“, que envolve a Embrapa, Eletrobras e o apoio da prefeitura, tem sido essencial para capacitar produtores e disseminar boas práticas. “Nosso objetivo é oferecer suporte técnico e ampliar o acesso às tecnologias para tornar a produção de limão-tahiti uma opção rentável e sustentável”, destaca a pesquisadora Débora Bastos.


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