O levantamento da equipe Hortifrúti/Cepea revelou que os preços do mamão havaí registraram alta pela terceira semana consecutiva nas principais regiões produtoras do país. Entre os dias 12 e 16 de agosto, o tipo 15 a 18 foi comercializado a uma média de R$ 5,25/kg no Norte do Espírito Santo, representando um expressivo aumento de 95% em relação à semana anterior. No Sul da Bahia, o preço subiu 82% no mesmo período, com o quilo sendo negociado a R$ 5,17. De acordo com os colaboradores do Hortifrúti/Cepea, esse movimento de alta é resultado da menor oferta, intensificada pela queda das temperaturas no início da semana, principalmente durante as noites. As baixas temperaturas desaceleraram o processo de maturação do fruto, o que fez com que ele permanecesse mais tempo no pé, reduzindo o volume disponível para colheita e comercialização. Além disso, ventos intensos em algumas áreas contribuíram para a desfolha das plantas, expondo os frutos e comprometendo a qualidade final, o que também influenciou os preços.
Preços de Cenoura e Tomate Despencam nos Mercados com Queda de Até 47%
Os preços das principais hortaliças e frutas comercializadas nos mercados atacadistas do Brasil seguem em queda, marcando um período de forte desvalorização. Cenoura e tomate se destacam como os produtos com as reduções mais expressivas, com quedas de 47,69% e 43,96%, respectivamente, no último mês em relação a junho. Segundo o 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o aumento na oferta foi o principal fator que contribuiu para a queda nos preços. No caso da cenoura, houve um aumento de 8,9% na oferta nacional em julho, o que impactou diretamente os preços, especialmente fora de Minas Gerais. Já o tomate, que teve um incremento de 13% na oferta em relação a junho, registrou o maior volume disponível do ano até o momento, resultando em uma significativa redução nos valores. A batata, que vinha apresentando alta nos preços nos meses anteriores, também teve uma inversão nesse movimento, graças à entrada da safra de inverno. A maior queda foi registrada na Ceasa de Rio Branco, com uma redução de 35,57%. Apesar disso, os preços ainda se mantêm altos quando comparados ao mesmo período do ano passado, com um aumento acumulado de 68% na Ceagesp. No caso da cebola, o preço médio caiu 11,14% em julho, sendo a maior baixa registrada na Ceasa do Acre, com 28,69%. Esse movimento foi favorecido pelo aumento na oferta e pela diversificação na produção, que ajudam a manter os preços em patamares mais acessíveis. No mercado de frutas, houve uma redução nos preços da banana, maçã, mamão e melancia. Esse comportamento foi impulsionado tanto pelo aumento da oferta quanto pela queda na demanda, comum durante as férias escolares. Em contrapartida, a laranja apresentou um aumento de 6,91% no preço médio, motivado pela alta demanda da indústria para a produção de suco, diante dos baixos estoques atuais. Essa conjuntura de quedas expressivas nos preços oferece um alívio ao bolso do consumidor, ao mesmo tempo que reflete o bom desempenho da produção agrícola em diversas regiões do país. Contudo, é importante observar como essas tendências se comportarão nos próximos meses, especialmente em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda nos mercados atacadistas e varejistas.
Crescimento da Produção de Ovos no Brasil Ganha Destaque
A mais recente análise divulgada pelo Instituto Ovos Brasil, com base no relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), destaca o desempenho dos cinco maiores estados produtores de ovos no país. Em 2023, o Brasil superou a marca de 52,4 bilhões de ovos produzidos, reafirmando sua posição como o quinto maior produtor mundial. Esse avanço é reflexo das práticas sustentáveis, da excelência sanitária da avicultura brasileira e do contínuo trabalho de promoção do consumo saudável liderado pelo Instituto Ovos Brasil. São Paulo se mantém na liderança, responsável por quase 30% da produção nacional de ovos. Esse protagonismo é resultado de uma infraestrutura moderna e de constantes inovações tecnológicas, que consolidam o estado como o principal polo de produção de ovos no país. Minas Gerais ocupa a segunda posição, contribuindo com mais de 10% da produção nacional. O estado se destaca pela tradição agropecuária robusta e por condições geográficas e climáticas que favorecem a avicultura. O Espírito Santo, com 9,34% da produção nacional, é um exemplo de eficiência e qualidade no setor avícola. Já Pernambuco, com 7,89%, mostra o crescimento expressivo da avicultura no Nordeste, impulsionado por investimentos em tecnologia e capacitação técnica. O Rio Grande do Sul, representando 5,73% da produção nacional, reforça o potencial estratégico da região Sul no setor, evidenciando sua relevância no cenário nacional. Edival Veras, presidente do Instituto Ovos Brasil, destaca: “O Brasil se consolida como um dos líderes globais na produção de ovos, reconhecido não apenas pelo volume, mas pela excelência em práticas sustentáveis e sanitárias. Esse sucesso é fruto do comprometimento dos produtores, da constante inovação tecnológica e do foco inabalável na qualidade.”
Bananas em Perigo?
As bananas que consumimos diariamente, seja no café da manhã ou em sobremesas, estão enfrentando uma ameaça séria e crescente. A doença conhecida como Fusarium murcha da banana (FWB), causada pelo fungo Fusarium oxysporum f.sp. cubense (Foc) raça tropical 4 (TR4), representa um risco significativo à produção mundial dessa fruta. Pesquisas recentes da Universidade de Massachusetts Amherst revelaram que o Foc TR4, que está causando surtos devastadores atualmente, não é uma mutação da cepa que arrasou as plantações de banana na década de 1950, mas sim uma nova variante com características virulentas exclusivas. Essa agressividade está ligada a genes acessórios que influenciam a produção de óxido nítrico, uma substância que desempenha um papel importante na infecção das plantas. O estudo, publicado na Nature Microbiology, abre novas perspectivas para a criação de estratégias capazes de conter ou retardar a propagação do Foc TR4. Na década de 1950, a popular banana Gros Michel foi praticamente extinta por um surto anterior de Fusarium, o que levou ao desenvolvimento e à adoção em massa da variedade Cavendish, atualmente dominante no mercado. Contudo, essa mesma variedade agora está ameaçada por novos surtos da doença, revelando a vulnerabilidade das monoculturas. A pesquisa, liderada por Yong Zhang e Li-Jun Ma, envolveu a sequenciação de 36 estirpes diferentes de Foc e descobriu que, ao eliminar dois genes responsáveis pela produção de óxido nítrico, a virulência do Foc TR4 diminui significativamente. O pesquisador Li-Jun Ma alerta que a dependência de uma única variedade torna as plantações mais suscetíveis a patógenos. Como solução, ele sugere a diversificação genética das plantações de bananas, o que poderia ajudar a reduzir a vulnerabilidade global. Essa investigação reforça a urgência de desenvolver novas alternativas para proteger a produção de bananas e garantir a segurança alimentar, especialmente diante de uma ameaça tão persistente. A diversificação genética e o desenvolvimento de variedades mais resistentes são passos essenciais para preservar essa fruta tão presente em dietas ao redor do mundo.
Novas Areninhas do Governo do Ceará levam esporte e lazer para famílias da zona rural de Caridade
Duas Areninhas são inauguradas na zona rural de Caridade, levando mais esporte e lazer para a comunidade O Governo do Ceará entregou mais duas areninhas, ampliando o acesso ao esporte e ao lazer para as famílias da zona rural de Caridade. A inauguração, que ocorreu nesta segunda-feira (19), contou com a presença do governador Elmano de Freitas, do secretário do Esporte, Rogério Pinheiro, e de outras autoridades locais. As novas areninhas estão situadas nos distritos de Campos Belos e São Domingos. Com essas entregas, o Governo do Ceará já disponibilizou 393 desses equipamentos em todo o estado, sendo 276 localizados no Interior e 117 na Capital. “Essas comunidades são formadas por pessoas que trabalham muito, e esses espaços foram construídos com o esforço dos trabalhadores cearenses. Espero que as areninhas tragam mais união e alegria para as comunidades”, afirmou o governador Elmano de Freitas durante a cerimônia. Para os moradores locais, como o jovem Renan da Rocha, de 13 anos, a inauguração é motivo de grande expectativa. Residente do distrito de São Domingos, Renan aguardava ansiosamente para jogar futebol na nova areninha. “Ele mal conseguia dormir de tão animado para vir para cá”, revelou sua mãe, Eliene Rocha, uma agricultora de 39 anos. Eliene também compartilhou que Renan havia quebrado o pé no início do ano e estava preocupado com a possibilidade de perder a inauguração. Felizmente, ele se recuperou a tempo e pôde participar do tão esperado momento. “Eu jogava na quadra ao lado todos os dias, mas sempre de olho na areninha sendo construída”, contou Renan, sorrindo. Cada areninha possui uma área de 1.200 m², com um campo society de 38 x 26 metros (totalizando 988 m²), grama sintética, alambrados, rede, vestiários com banheiros, acessos pavimentados e torres de iluminação. Além do futebol, as areninhas em Caridade estão prontas para receber outras modalidades esportivas. Uma das inovações é a prática de hóquei sobre grama. “Caridade e Canindé estão entre as dez cidades cearenses com núcleos de hóquei sobre grama, um esporte olímpico. A política de areninhas no Ceará é a maior iniciativa de esportes do Brasil”, destacou o secretário Rogério Pinheiro. As novas areninhas reforçam o compromisso do Governo do Ceará em promover o esporte como ferramenta de inclusão social, bem-estar e desenvolvimento nas comunidades mais distantes do estado.