O queijo coalho é um dos grandes símbolos da culinária nordestina. Produzido há séculos, ele faz parte da identidade cultural e movimenta a economia local. No programa do Sertão Nosso, Jakeline Diógenes conta a história desse alimento que atravessa gerações e conquista o mundo.
Uma tradição com mais de 300 anos
A princípio, desde o século XVII, fazendas do Ceará produzem esse tipo de queijo. A técnica foi trazida por padres carmelitas e adaptada ao clima do sertão. Inicialmente, ele era consumido apenas nas propriedades rurais, já que a pecuária de corte dominava a economia da época.
Posteriormente, a necessidade de preservar alimentos impulsionou a criação de outros produtos, como a carne de sol. Aos poucos, pequenos produtores passaram a comercializar o queijo na região. No final do século XVIII, longas secas forçaram os pecuaristas a buscar novas fontes de renda. Assim, o queijo começou a ser trocado por rapadura no Cariri e por sal em Aracati.
Expansão e valorização do queijo nordestino
Sobretudo, no século XIX, a produção cresceu e ganhou destaque na economia nordestina. Pequenos produtores passaram a distribuir o queijo para diversas províncias do Brasil. Hoje, a fabricação ultrapassa 170 mil toneladas anuais, empregando milhares de famílias no sertão.
Além disso, esse queijo se tornou um item de prestígio no mercado gourmet. Premiações internacionais destacam sua qualidade, impulsionando sua aceitação fora do Brasil. Sua versatilidade permite o consumo de diversas formas, desde grelhado na brasa até como ingrediente em pratos sofisticados.
Símbolo cultural e econômico do Ceará
Atualmente, o Ceará reconhece o município de Jaguaribe como referência na produção do queijo. A tradição continua viva, garantindo que esse alimento permaneça presente na mesa dos brasileiros.
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