Milho Segue Ritmo Diferente na B3 e CBOT: Clima e Safra Brasileira em Foco
Nesta quarta-feira (15), os contratos futuros de milho apresentaram uma dança interessante no mercado. Na B3, os vencimentos oscilaram de forma mista: os contratos mais curtos recuaram, reflexo de ajustes e realização de lucros após os ganhos significativos da semana anterior. Já os contratos de longo prazo ensaiaram uma leve alta, impulsionados por incertezas quanto ao plantio da segunda safra brasileira, conhecida como safrinha.
As chuvas que atrasam a colheita de soja no Brasil deixaram o mercado em alerta para possíveis impactos no calendário da safrinha. Mesmo assim, o histórico de recuperação rápida e a alta tecnologia do agronegócio brasileiro trazem um tom de otimismo, indicando que o país pode surpreender mais uma vez.
Os números da B3 traduzem bem esse cenário de contrastes:
- Janeiro/25: R$ 74,86 (-R$ 0,08 no dia, +R$ 0,78 na semana)
- Março/25: R$ 77,96 (-R$ 1,20 no dia, +R$ 1,98 na semana)
- Maio/25: R$ 76,29 (-R$ 0,54 no dia, +R$ 2,28 na semana)
Enquanto isso, na Bolsa de Chicago (CBOT), o clima argentino deu o tom. A seca que castiga o país gerou preocupações sobre a safra, impulsionando os preços do milho. O contrato de março, referência para a safra de verão brasileira, avançou 0,90% (+$4,25 cents/bushel), encerrando a $478,75. Já o vencimento de maio subiu 0,67% (+$3,25 cents/bushel), fechando em $488,00.
A alta nos preços na CBOT reflete o impacto de um clima desfavorável na Argentina, que segue como uma peça importante no tabuleiro global. A combinação de fatores climáticos e incertezas no Brasil coloca o milho no centro das atenções, com o mercado em constante expectativa sobre os próximos capítulos.