O rebanho bovino de Mato Grosso atingiu 31,52 milhões de cabeças em 2024, marcando uma expressiva redução de 8,17% em comparação ao ano anterior, segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Essa queda representa a maior retração anual já registrada no estado, refletindo mudanças significativas no cenário pecuário da região.
A análise do Imea aponta que essa redução histórica está fortemente associada ao intenso abate de fêmeas ao longo do ano, o que impactou diretamente a diminuição do número de vacas e novilhas, com uma retração de 7,76%. Esse abate elevado de matrizes influenciou o ciclo de produção, resultando em menor disponibilidade de bezerros.
Essa retração no rebanho bovino é a quinta nos últimos 30 anos em Mato Grosso, evidenciando um ciclo natural de ajustes na produção. A desmama de 2024 já reflete os efeitos do abate de matrizes ocorrido há dois anos, já que os bezerros desmamados este ano são provenientes da estação de monta de 2022. Como consequência, o número de bezerros de 0 a 12 meses, tanto machos quanto fêmeas, caiu 5,21% em relação ao ano anterior, totalizando 8,91 milhões de cabeças, segundo os dados do Imea.
Esse cenário ressalta a importância de monitorar de perto o ciclo pecuário e a necessidade de estratégias de gestão que garantam a sustentabilidade do rebanho no estado, que é um dos principais produtores de carne bovina do país.