O joalheiro que transforma espinhos da caatinga em arte com identidade e sustentabilidade
Logo no primeiro contato, as joias do sertão revelam mais que beleza: elas contam histórias de pertencimento, resistência e reinvenção. Criadas por Antônio Rabelo, diretamente de Quixeramobim, no Ceará, essas peças unem arte, natureza e identidade cultural em um trabalho único e transformador.
Desde sempre, o sertão foi mais que um lugar para Rabelo. É o território que o inspira, onde nasceram suas memórias e raízes profundas. Por isso, ele decidiu usar os materiais da própria terra – como espinhos de mandacaru, sementes e pedras da caatinga – para criar joias que representam a força e a poesia nordestina.
Com propósito e sustentabilidade
Além de belas, as joias do sertão são sustentáveis. Toda a coleta dos materiais é feita de forma responsável, respeitando os ciclos naturais e envolvendo comunidades locais. Dessa forma, o trabalho valoriza tanto o meio ambiente quanto a economia regional.
Mais ainda, cada peça é exclusiva. Não existem duas iguais, pois a natureza é quem define o desenho inicial. Isso traz ainda mais valor às criações. Pedras encontradas no quintal viram colares únicos. Espinhos que envelhecem com o tempo tornam-se adornos que amadurecem com quem os usa.
Com reconhecimento além das fronteiras
Nos últimos anos, Antônio Rabelo ganhou projeção nacional e internacional. Recentemente, recebeu o prêmio Sereia de Ouro, uma das maiores honrarias culturais do Ceará. Seu trabalho mostra que o sertão é potência criativa, não carência.
Inclusive, ele acredita que joias não são apenas enfeites. São também instrumentos de valorização cultural. Por isso, cada criação fala do seu povo, da sua terra e da sua história – de forma sensível, forte e autêntica.
Assista ao episódio completo no YouTube
Por fim, convidamos você a assistir o programa completo do Ser-Tão Nosso, com apresentação de Jakeline Diógenes, na TV Portal AgroMais no YouTube. Descubra como Antônio transforma o simples em extraordinário. Comente, compartilhe e valorize essa arte que nasce do chão da caatinga.