Milho Segue Ritmo Diferente na B3 e CBOT: Clima e Safra Brasileira em Foco Nesta quarta-feira (15), os contratos futuros de milho apresentaram uma dança interessante no mercado. Na B3, os vencimentos oscilaram de forma mista: os contratos mais curtos recuaram, reflexo de ajustes e realização de lucros após os ganhos significativos da semana anterior. Já os contratos de longo prazo ensaiaram uma leve alta, impulsionados por incertezas quanto ao plantio da segunda safra brasileira, conhecida como safrinha. As chuvas que atrasam a colheita de soja no Brasil deixaram o mercado em alerta para possíveis impactos no calendário da safrinha. Mesmo assim, o histórico de recuperação rápida e a alta tecnologia do agronegócio brasileiro trazem um tom de otimismo, indicando que o país pode surpreender mais uma vez. Os números da B3 traduzem bem esse cenário de contrastes: Enquanto isso, na Bolsa de Chicago (CBOT), o clima argentino deu o tom. A seca que castiga o país gerou preocupações sobre a safra, impulsionando os preços do milho. O contrato de março, referência para a safra de verão brasileira, avançou 0,90% (+$4,25 cents/bushel), encerrando a $478,75. Já o vencimento de maio subiu 0,67% (+$3,25 cents/bushel), fechando em $488,00. A alta nos preços na CBOT reflete o impacto de um clima desfavorável na Argentina, que segue como uma peça importante no tabuleiro global. A combinação de fatores climáticos e incertezas no Brasil coloca o milho no centro das atenções, com o mercado em constante expectativa sobre os próximos capítulos.
Mercados Agrícolas Começam o Dia em Queda
Queda nos Mercados Agrícolas: Soja e Milho Divergem em Desempenho no Brasil e no Exterior De acordo com dados da TF Agroeconômica, os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia em queda. O contrato de março fechou a $1029,75 por bushel (-13,0). No mercado brasileiro, a soja também apresentou recuo, com desvalorização de 0,71% no Cepea, encerrando a R$ 136,34 por saca e acumulando baixa de 2,20% no mês. A Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) destacou em seu relatório mensal que as condições de seca severa e estresse hídrico nos últimos 30 dias descartaram expectativas de alta produtividade para a safra argentina. Após as chuvas da primavera, a produção era estimada entre 53 e 53,50 milhões de toneladas, mas os cenários otimistas foram abandonados diante da deterioração climática. No mercado de milho, o comportamento foi divergente. Enquanto o contrato de março na CBOT recuou para $476,0 (-2,75), no Brasil o grão registrou alta. Na B3, o preço avançou 4,08%, fechando a R$ 78,00 por saca, enquanto o Cepea indicou alta de 0,37%, atingindo R$ 74,97 por saca, com ganho mensal de 3,14%. As previsões de chuva nas principais regiões produtoras da América do Sul também impactaram o cenário global. A BCR, em sua primeira estimativa oficial para a safra de milho na Argentina, previu uma produção de 48 milhões de toneladas, abaixo das 52 milhões anteriormente esperadas e das 52,50 milhões da safra anterior. Por sua vez, o trigo apresentou queda na CBOT, com o contrato de março fechando em $541,75 (-5,25). No Brasil, no entanto, os preços registraram alta no Cepea: no Paraná, o valor foi de R$ 1.407,91 (+0,76%) e, no Rio Grande do Sul, R$ 1.268,54 (+1,15%). Nos Estados Unidos, o fortalecimento do dólar frente ao euro segue prejudicando as exportações, enquanto a ampliação da oferta global, com as colheitas da Austrália e Argentina, pressiona o mercado. O cenário reflete a complexidade dos mercados agrícolas, influenciados por fatores climáticos, câmbio e oferta global.