De acordo com o boletim Focus divulgado pelo Banco Central na última quinta-feira (22), as projeções do mercado financeiro indicam um aumento na previsão de crescimento da economia brasileira para 2024, passando de 1,6% para 1,68%. Para os anos subsequentes (2025, 2026 e 2027), a expectativa é de um crescimento estável de 2%. No terceiro trimestre de 2023, o PIB apresentou um incremento de 0,1% em comparação com o segundo trimestre, resultando em uma alta acumulada de 3,2% entre janeiro e setembro de 2023.
As estimativas também apontam que a cotação do dólar deve encerrar 2024 em R$ 4,93, com previsão de atingir R$ 5 até o final de 2025.
No tocante à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024 teve uma leve redução de 3,82% para 3,81%, permanecendo dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. As projeções para 2025, 2026 e 2027 são de 3,52% para cada ano.
O mercado financeiro projeta que a taxa básica de juros, a Selic, encerre 2024 em 9% ao ano, seguindo uma trajetória de queda que se estabiliza em 8,5% ao ano até 2027.
A estratégia do Comitê de Política Monetária (Copom) prevê cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões, mantendo uma postura contracionista para o processo desinflacionário. Esse cenário segue um ciclo de cortes iniciado após 12 elevações consecutivas da Selic de março de 2021 a agosto de 2022, quando atingiu 13,75% ao ano.
Antes desse ciclo, a Selic estava em seu nível mais baixo, 2% ao ano, em resposta à pandemia de COVID-19. A taxa permaneceu nesse patamar de agosto de 2020 a março de 2021.