Soja em Alta na Bolsa de Chicago: Preferência por Grãos Brasileiros Ganha Força
O mercado de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a semana em alta, impulsionado por movimentos de proteção diante das incertezas relacionadas à posse do novo presidente dos Estados Unidos. Segundo dados da TF Agroeconômica, o contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, registrou uma alta de 1,47% (15,00 cents/bushel), sendo cotado a $1.034,00. Já o contrato para maio fechou com um avanço de 1,28% (13,25 cents/bushel), alcançando $1.044,75.
Outros produtos também apresentaram valorizações. O farelo de soja para março subiu 0,95%, cotado a $297,20 por tonelada curta. Por sua vez, o óleo de soja teve alta de 1,47%, fechando a $45,69 por libra-peso.
Mercado Busca Proteção Antes do Feriado Prolongado nos EUA
A alta nos preços da soja foi influenciada principalmente pela busca por proteção no mercado antes do feriado prolongado nos Estados Unidos, que coincide com a transição presidencial. A posse trouxe incertezas sobre possíveis mudanças no cenário geopolítico e comercial.
De acordo com um trader em Cingapura, “os trituradores chineses agora estão reservando cargas brasileiras para embarque em fevereiro e março”. Essa tendência demonstra uma preferência quase total por grãos brasileiros, tanto por parte de esmagadores estatais quanto privados, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de soja.
Compras Relâmpago e Demanda Chinesa
As recentes vendas relâmpago de soja também reforçaram o cenário positivo, refletindo a constante demanda da China, o maior importador mundial da oleaginosa. Apesar de conversas entre Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping terem sido noticiadas, o mercado permanece cauteloso quanto aos rumos da nova administração norte-americana e seus impactos no comércio internacional.
Balanço da Semana
No acumulado da semana, a soja apresentou uma alta de 0,85% (8,75 cents/bushel). Por outro lado, o farelo de soja registrou uma leve queda de 0,37%, enquanto o óleo de soja teve um ganho modesto de 0,24%.
Esse movimento reflete o fortalecimento da soja brasileira no mercado internacional, reafirmando a confiança dos compradores em sua qualidade e disponibilidade.