A utilização de insumos regionais na produção de alimentos e bebidas contribui significativamente para a valorização da gastronomia, cultura e economia local. Na cajucultura, o uso do pedúnculo de caju em bebidas alcoólicas está se tornando uma tendência popular em bares e restaurantes. Um exemplo notável é a Donkey Head Cervejaria, sediada em Fortaleza (CE), que lançou a Severina Sour, uma cerveja estilo Berliner Weisse que incorpora frutos tropicais, como o caju.
Inovação na Cajucultura
A Severina Sour será apresentada no 27° Seminário Nordestino do Agro – PECNordeste, que começa nesta quinta-feira (06) no Centro de Eventos do Ceará. Os visitantes do estande da Embrapa terão a oportunidade de degustar essa inovadora cerveja.
Características da Severina Sour
Fábio Valente, proprietário da Donkey Head Cervejaria, explica que a Severina Sour é uma cerveja de alta fermentação e acidez lática, enriquecida com frutas frescas. Inspirada na cerveja Catharina Sour, um estilo brasileiro semelhante à Berliner Weisse, a Severina Sour apresenta amargor moderado, corpo leve e teor alcoólico de 3%. É uma cerveja refrescante, seca, ácida e bem carbonatada, com um sabor distintamente frutado e diferente das cervejas tradicionais.
Contribuição da Embrapa
Os clones de cajueiro desenvolvidos pela Embrapa, como o CCP 76, têm se destacado por suas características sensoriais apreciadas pelos consumidores, tornando-se opções valiosas para uso gastronômico. Iniciativas como a produção de chopps artesanais seguem o princípio do aproveitamento integral do fruto, utilizando até mesmo resíduos como o bagaço, que geralmente seriam descartados pela indústria.
A incorporação de insumos regionais, como o caju, na produção de bebidas como a Severina Sour não só promove a inovação na gastronomia local, mas também fortalece a economia regional e celebra a cultura nordestina.