Segundo o Itaú BBA, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que as exportações do agronegócio brasileiro em agosto totalizaram US$ 14 bilhões. Esse valor representa uma queda de 9,1% em relação ao mês anterior e de 10,6% em comparação com agosto de 2023. No acumulado de janeiro a agosto de 2024, o valor exportado foi de US$ 111,6 bilhões, uma leve redução de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da queda, esse resultado ainda é o segundo maior da história para esse intervalo de tempo. No mês de agosto, o agronegócio representou 49,2% do total das exportações brasileiras.
Dentro desse contexto, o complexo da soja se destacou, correspondendo a 19,4% das exportações totais do país. Contudo, o volume de grãos exportados sofreu uma redução de 28,5% em relação a julho e de 4,1% quando comparado ao mesmo mês do ano passado. Os preços da tonelada de soja também registraram uma desvalorização de 12,8% no mesmo período. Em contraste, o farelo de soja apresentou um leve crescimento de 6,4% no volume exportado em agosto, embora tenha registrado uma queda de 12% em comparação ao ano anterior. O óleo de soja, por sua vez, teve uma queda expressiva de 43% no volume exportado.
No segmento das proteínas animais, a carne bovina foi destaque, com um aumento de 17% no volume exportado em relação a agosto de 2023, impulsionado especialmente pelas exportações para os Estados Unidos. Por outro lado, as exportações de carne suína para a China recuaram, enquanto as vendas para as Filipinas, que se tornaram o principal destino em agosto, aumentaram. Já as exportações de carne de frango tiveram uma queda significativa de 30% no volume exportado em comparação a julho e de 24,6% frente a agosto do ano passado.
O setor sucroenergético também apresentou movimentações relevantes. As exportações de etanol cresceram 36% em agosto, com a Coreia do Sul se destacando como principal destino. O VHP (açúcar bruto) registrou um aumento de 5,3% em relação a julho e de 11% quando comparado a agosto de 2023. Em contrapartida, o açúcar refinado teve uma redução de 4% no volume exportado em comparação a julho e de 10% em relação ao ano anterior.
No que se refere ao algodão, o cenário foi positivo, com as exportações para a Ásia registrando um aumento expressivo de 167% no acumulado de janeiro a agosto de 2024, reforçando a relevância do mercado asiático para esse produto.