Indicação geográfica agrega valor ao produto no Ceará

Indicação geográfica transforma origem em diferencial de mercado

Indicação geográfica é um selo que conecta tradição, qualidade e território ao produto. Na prática, ele ajuda o consumidor a identificar o que tem origem reconhecida e reputação consolidada. Além disso, reforça valor agregado e fortalece cadeias produtivas locais. No Ceará, esse tema ganha destaque por reunir exemplos já reconhecidos e outros em processo de registro.

O conceito é tratado como ferramenta de desenvolvimento. Ele pode estimular organização produtiva, elevar padrões e ampliar competitividade. Assim, produtos e serviços passam a carregar, junto ao nome, uma identidade territorial clara e valorizada no mercado.

Indicação geográfica no Ceará e os dois tipos previstos em lei

Indicação geográfica no Brasil é regulamentada pela Lei nº 9.279, de 1999. A norma descreve dois tipos: indicação de procedência e denominação de origem. Cada uma tem critérios específicos, embora ambas dependam de notoriedade e vínculo com um espaço geográfico.

A indicação de procedência se aplica quando uma localidade se torna conhecida como centro de extração, transformação ou produção de um produto ou serviço. Nesse caso, o fator decisivo é o reconhecimento do território como referência. Já a denominação de origem exige, além da notoriedade, comprovação de que características e qualidades do produto dependem essencialmente do meio geográfico. Isso inclui fatores naturais e humanos.

Essa distinção é estratégica para o produtor. Ela define requisitos técnicos, comprovações necessárias e a forma de comunicar valor ao mercado. Por isso, entender os dois conceitos ajuda a orientar decisões de posicionamento e diferenciação.

Camarão da Costa Negra e exemplos de indicação de procedência

No Ceará, foi citado um exemplo de denominação de origem: o Camarão da Costa Negra. A classificação foi associada à comprovação científica de sabor e características próprias ligadas ao território. A explicação relaciona essa diferenciação à presença de fitoplânctons que influenciam o resultado final. Assim, o produto é apresentado como único por efeito direto do ambiente de produção.

Já entre os casos de indicação de procedência, foram citados: redes de dormir de Jaguaruana, cachaça de Viçosa do Ceará, algodão agroecológico dos Inhamuns, renda filé do Jaguaribe e mel de aroeira dos Inhamuns. Nesses exemplos, o ponto central é a reputação do território. Jaguaruana, por exemplo, é reconhecida pela produção de redes, mesmo que o produto possa ser feito em outros lugares. O diferencial é a notoriedade construída ao longo do tempo.

Esses registros tendem a fortalecer cadeias locais. Eles organizam produtores, criam padrões e aumentam a confiança do consumidor. Como resultado, o produto ganha mais argumento de venda e maior percepção de valor.

Registros em andamento e o papel do INPI na certificação

Além das indicações já existentes, foram citados processos em andamento no Ceará. Entre eles, estão as peças de cerâmica do Sítio Alegria, em Ipueiras, a renda de bilro de Aquiraz, o artesanato de fibra de croá da região de Pindoguaba, em Tianguá, o café da Serra de Baturité e a manta de carneiro do Sertão dos Inhamuns.

Os registros são concedidos pelo INPI, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Após aprovação, o produto recebe um selo de indicação de procedência ou de denominação de origem. Esse selo funciona como sinal público de origem reconhecida e critérios atendidos. Assim, na prateleira, o consumidor consegue identificar rapidamente que se trata de uma indicação geográfica.

A valorização também depende de educação do mercado. Quando o consumidor entende o selo, tende a reconhecer identidade territorial, tradição e reputação. Isso fortalece a economia local e amplia incentivos para que outros territórios estruturem processos semelhantes.

A indicação geográfica é uma ferramenta que conecta território, reputação e qualidade, e pode ampliar valor agregado de produtos e serviços. No Ceará, os exemplos citados mostram como o selo fortalece cadeias produtivas e diferencia itens que carregam identidade local. Além disso, processos em andamento indicam crescimento do interesse por certificações que aumentam competitividade e reconhecimento. Com informação e organização, a origem deixa de ser detalhe e passa a ser argumento central de mercado.

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Jakeline Diógenes

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