Queijo: uma iguaria de origem misteriosa, mas com grande relevância mundial Comemorado mundialmente nesta segunda-feira (20/1), o Dia Mundial do Queijo celebra um alimento milenar, valorizado em muitas culturas e presente nas mais diversas receitas. Feito a partir do leite, o queijo é uma verdadeira maravilha gastronômica, com diferentes sabores, texturas e aromas. Sua origem é cercada de mistério, mas há várias teorias que tentam explicar o surgimento dessa delícia. Confira algumas curiosidades sobre o queijo: 1 – A origem do queijo Uma das histórias sobre a descoberta do queijo remonta à antiga Mesopotâmia, por volta de 7.000 a.C. A lenda diz que as bactérias láticas presentes no leite armazenado em jarros de cerâmica foram responsáveis pelo processo de fermentação e coagulação, transformando o leite em queijo. Assim, o queijo teria sido uma descoberta acidental, e não uma invenção planejada. 2 – Diversidade de queijos Existem milhares de tipos de queijo no mundo, cada um com características próprias, como o processo de fabricação, maturação e influências regionais. Entre os mais famosos estão: prato, muçarela, ricota, cheddar, brie, roquefort, pecorino, feta, gorgonzola, gouda, parmigiano, camembert e provolone. 3 – O queijo canastra no topo Você sabia que o queijo canastra foi eleito o melhor do mundo? Em 2022, o queijo brasileiro superou os tradicionais queijos franceses e italianos no ranking do Taste Atlas, um portal especializado em gastronomia. Além disso, ele recebeu reconhecimento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que o declarou patrimônio cultural e imaterial brasileiro. 4 – Reconhecimento internacional Em dezembro de 2024, o Queijo Minas Artesanal conquistou o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, concedido pela Unesco. A indicação foi defendida pelo Iphan, que ressaltou a tradição de mais de 300 anos dessa iguaria 100% brasileira, preservando histórias e saberes passados de geração em geração. 5 – Combinações perfeitas O queijo é versátil e pode ser saboreado em diversas refeições do dia a dia, como no café da manhã, no almoço ou no jantar. Além de harmonizar bem com bebidas como cerveja, espumantes e vinhos, ele também acompanha frutas, geleias, chocolate, saladas, pães, embutidos e carnes, criando combinações deliciosas. 6 – Queijos de diferentes leites Embora o leite de vaca seja o mais comum, ele não é o único utilizado na fabricação de queijos. Leites de outros mamíferos, como cabra, ovelha, camela, búfala, rena e alce, também entram na composição de queijos especiais. 7 – A Festa do Queijo em Minas Gerais A cidade de Ipanema, em Minas Gerais, é um importante polo produtor de leite e promove anualmente a “Festa do Queijo”, que celebra a produção local. Na edição de 2024, o evento registrou recordes, com queijo pesando 2,870 quilos, doce de leite com 1,210 quilos, pão de queijo com 4,032 quilos e queimadinha com 1,5 mil litros. 8 – O queijo mais saudável Para quem busca opções mais saudáveis, o queijo cottage é uma excelente escolha. Com apenas 98 calorias por 100 gramas, ele é recomendado por nutricionistas. A ricota também é uma boa alternativa, com 140 calorias por 100 gramas, conforme a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Taco).
Agronegócio Cearense: Resiliência e Crescimento no Comércio Exterior
Agronegócio cearense em alta: exportações de 2024 mostram resiliência e crescimento sustentável Mesmo diante de desafios como oscilações climáticas e a acirrada competição global, o Ceará reafirma sua resiliência e capacidade de diversificação, consolidando-se como um player estratégico no mercado internacional. Em 2024, as exportações do agronegócio cearense alcançaram a marca de US$ 427,81 milhões, um crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior. O setor agroindustrial manteve a liderança na pauta exportadora estadual, com destaque especial para frutas e derivados, que totalizaram US$ 179,73 milhões, e para a cera de carnaúba, que teve um expressivo aumento de 35,5%, somando US$ 76,9 milhões. Outro segmento que registrou expansão significativa foi o de pescados e derivados, que atingiram US$ 112,99 milhões, marcando um crescimento de 27,4%, impulsionado pela retomada da demanda internacional, especialmente nos mercados dos Estados Unidos e da China. Por outro lado, as importações também registraram avanço, crescendo 23,4% e totalizando US$ 152,1 milhões, com destaque para produtos como gorduras e óleos vegetais, frutas e preparações alimentícias. Entre os principais itens importados, destacaram-se óleo de dendê e castanha de caju para reprocessamento, evidenciando a dependência de insumos externos para fortalecer a agroindústria local. Principais destinos e fornecedores no comércio exterior Os Estados Unidos consolidaram-se como o maior mercado para as exportações cearenses, absorvendo 34% do total. Países Baixos (12%) e China (9,2%) também foram destaques, sendo que o mercado chinês apresentou um impressionante crescimento de 46,9%. No que diz respeito às importações, Indonésia e Costa do Marfim surgiram como fornecedores de destaque, demonstrando a diversificação geográfica nas compras externas do estado. Apesar do saldo positivo na balança comercial, com um superávit de US$ 275,7 milhões, houve uma redução de 7,7% em relação ao ano anterior, reflexo do crescimento mais acentuado das importações em comparação às exportações. Produtos de destaque e estratégias de crescimento O agronegócio cearense é diversificado, com produtos que vão desde frutas e pescados, de alta representatividade, até nichos estratégicos, como flores, mel e extratos vegetais. Melões e castanha de caju seguem liderando no segmento de frutas exportadas, enquanto lagosta e cera de carnaúba mantêm-se como itens de alto valor agregado no mercado internacional. Para enfrentar os desafios globais, como mudanças climáticas e intensificação da concorrência, o Ceará aposta na diversificação de mercados e na ampliação de produtos com maior valor agregado, medidas essenciais para garantir o crescimento sustentável do setor. Sobre a autora:Ana Karina Frota é Mestre em Ciência Política pela Universidade Clássica de Lisboa e Pós-graduada em Comércio Exterior pela Universidade Católica de Brasília. Atualmente, ocupa os cargos de Presidente da Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimentos da ADECE e Gerente do Centro Internacional de Negócios da FIEC, além de ser membro do Conselho de Relações Internacionais da FIEC (CORIN).
Pantanal e os Incêndios: O Impacto das Chuvas Secas e o Papel do Produtor Rural
O Pantanal, um dos biomas mais ricos e fascinantes do planeta, enfrenta desafios cada vez maiores devido aos incêndios, amplificados pela diminuição das chuvas, conhecidas como chuvas secas. Contudo, em meio a essa crise, o papel do produtor rural emerge como essencial, tanto para a preservação quanto para o combate aos incêndios. Afinal, o Pantanal está para o produtor rural assim como o produtor rural está para o Pantanal, em uma relação de interdependência que precisa ser fortalecida. As Chuvas Secas e os Incêndios no Pantanal O equilíbrio natural do Pantanal depende de seu ciclo de cheias e secas, que sustenta sua biodiversidade e economia. Porém, as mudanças climáticas têm intensificado as secas, resultando na redução significativa das chuvas. Esse fenômeno, chamado de chuvas secas, diminui a umidade no solo e na vegetação, criando condições ideais para a propagação de incêndios. Os impactos das chuvas secas incluem:• Seca Prolongada: A vegetação resseca e se torna combustível para o fogo.• Redução de Áreas Alagadas: Com menos água, o fogo encontra menos barreiras naturais para se espalhar.• Danos ao Ciclo Ecológico: A perda de vegetação e umidade prejudica a biodiversidade e a recuperação do bioma. O Produtor Rural: Guardião e Protagonista no Pantanal Os produtores rurais têm uma relação histórica e vital com o Pantanal, sendo a atividade pecuária a principal fonte de renda e sustento para muitas famílias. Nesse contexto, eles não apenas dependem do bioma para manter suas atividades, mas também são peças-chave na preservação e no combate aos incêndios. O Pantanal está para o produtor rural assim como o produtor rural está para o Pantanal. Essa frase ilustra a simbiose entre o homem e a natureza, em que ambos se sustentam mutuamente. O produtor rural, ao cuidar do bioma, garante sua própria sobrevivência e a preservação de um patrimônio natural que beneficia o mundo. Entre as contribuições dos produtores rurais estão:1. Monitoramento Constante: Por estarem diretamente no bioma, eles são os primeiros a identificar e responder a focos de incêndio.2. Adoção de Práticas Sustentáveis: Muitos produtores utilizam técnicas como aceiros e manejo controlado para prevenir a propagação do fogo.3. Apoio no Combate ao Fogo: Além de colaborar com brigadas e autoridades, fornecem equipamentos e ajudam na logística de combate aos incêndios.4. Proteção de Recursos Naturais: Conscientes de que o bioma é essencial para a pecuária, os produtores investem em sua preservação. Impactos Ambientais e Econômicos Os incêndios causados pelas chuvas secas afetam diretamente o meio ambiente e a economia do Pantanal. Além de devastar a biodiversidade, comprometem pastagens, dificultam a criação de gado e reduzem as oportunidades de turismo ecológico. As consequências para as comunidades locais também são severas. A fumaça dos incêndios prejudica a saúde, enquanto a perda de recursos naturais compromete a subsistência de muitas famílias. A recuperação do bioma, em alguns casos, pode levar décadas. Caminhos para Preservar o Pantanal Para proteger o Pantanal e garantir a sustentabilidade das atividades rurais, é essencial investir em soluções que valorizem tanto o bioma quanto o papel dos produtores:1. Educação e Conscientização: Capacitar os produtores para a adoção de práticas de prevenção e combate aos incêndios.2. Apoio Técnico e Financeiro: Fornecer subsídios e recursos para práticas sustentáveis, incluindo a construção de aceiros e manejo de pastagens.3. Monitoramento e Fiscalização: Ampliar o uso de tecnologia para monitorar condições climáticas e áreas de risco.4. Fortalecimento de Parcerias: Promover a cooperação entre produtores, governos e organizações ambientais para ações conjuntas de preservação. Conclusão O Pantanal é um bioma único, mas sua preservação exige uma relação equilibrada e colaborativa entre a natureza e aqueles que dela dependem. O Pantanal está para o produtor rural assim como o produtor rural está para o Pantanal. Reconhecer essa interdependência é fundamental para enfrentar os desafios impostos pelas chuvas secas e garantir um futuro sustentável para a região. Com apoio, conscientização e ações integradas, é possível preservar esse tesouro natural e garantir a continuidade das vidas que dele dependem. _________________________________________________________________________________Esta coluna é escrita por Diego Trindade, sul-mato-grossense que escolheu o Ceará como sua casa. Diego atua conectando o agro e traz para você informações exclusivas sobre acordos, projetos e inovações que impulsionam o setor.
Mercado da Soja: Preços Sobem e Fecham em Alta na Bolsa de Chicago
Soja em Alta na Bolsa de Chicago: Preferência por Grãos Brasileiros Ganha Força O mercado de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a semana em alta, impulsionado por movimentos de proteção diante das incertezas relacionadas à posse do novo presidente dos Estados Unidos. Segundo dados da TF Agroeconômica, o contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, registrou uma alta de 1,47% (15,00 cents/bushel), sendo cotado a $1.034,00. Já o contrato para maio fechou com um avanço de 1,28% (13,25 cents/bushel), alcançando $1.044,75. Outros produtos também apresentaram valorizações. O farelo de soja para março subiu 0,95%, cotado a $297,20 por tonelada curta. Por sua vez, o óleo de soja teve alta de 1,47%, fechando a $45,69 por libra-peso. Mercado Busca Proteção Antes do Feriado Prolongado nos EUA A alta nos preços da soja foi influenciada principalmente pela busca por proteção no mercado antes do feriado prolongado nos Estados Unidos, que coincide com a transição presidencial. A posse trouxe incertezas sobre possíveis mudanças no cenário geopolítico e comercial. De acordo com um trader em Cingapura, “os trituradores chineses agora estão reservando cargas brasileiras para embarque em fevereiro e março”. Essa tendência demonstra uma preferência quase total por grãos brasileiros, tanto por parte de esmagadores estatais quanto privados, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de soja. Compras Relâmpago e Demanda Chinesa As recentes vendas relâmpago de soja também reforçaram o cenário positivo, refletindo a constante demanda da China, o maior importador mundial da oleaginosa. Apesar de conversas entre Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping terem sido noticiadas, o mercado permanece cauteloso quanto aos rumos da nova administração norte-americana e seus impactos no comércio internacional. Balanço da Semana No acumulado da semana, a soja apresentou uma alta de 0,85% (8,75 cents/bushel). Por outro lado, o farelo de soja registrou uma leve queda de 0,37%, enquanto o óleo de soja teve um ganho modesto de 0,24%. Esse movimento reflete o fortalecimento da soja brasileira no mercado internacional, reafirmando a confiança dos compradores em sua qualidade e disponibilidade.