A produção de morango segue intensa nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul, de acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (12). Em Caxias do Sul, a oferta de morangos é abundante, e a qualidade das plantas está sendo considerada excelente. Contudo, a baixa umidade relativa do ar tem favorecido o surgimento de pragas e doenças, como pulgões e oídio, exigindo um controle contínuo e minucioso nas lavouras. Com o aumento da oferta de morangos, os preços estão em tendência de queda. Na venda direta ao consumidor, os valores variam entre R$ 16,00 e R$ 30,00 por quilo, enquanto nos mercados e Ceasas os preços oscilam entre R$ 12,00 e R$ 25,00 por quilo. Segundo a Emater/RS, na região de Bom Princípio, localizada em Lajeado, a colheita de morangos é marcada por frutos graúdos e de alta qualidade, típicos das primeiras floradas da safra. No entanto, o ciclo de colheita sofreu um atraso de aproximadamente um mês e meio devido às condições climáticas desfavoráveis. Apesar disso, há uma menor incidência de doenças fúngicas em comparação aos meses anteriores. Entretanto, o surgimento precoce de ácaro-rajado e de larvas de moscas-de-fungos exige atenção redobrada no manejo, com destaque para a adoção de controle biológico. O aumento na oferta também impactou os preços, com exceção dos produtos de qualidade superior. O morango orgânico está sendo comercializado a R$ 48,00 por quilo, enquanto o convencional de alta qualidade atinge R$ 30,00 por quilo. Para os demais, o preço médio fica em torno de R$ 20,00 por quilo. Na região de Pelotas, a produção de morango enfrenta desafios, principalmente devido à alta umidade e baixa insolação, o que compromete o desenvolvimento das plantas e reduz o teor de açúcar dos frutos. A colheita tem avançado nas áreas plantadas neste ano, mas a produção ainda é insuficiente para atender completamente à demanda dos mercados locais. Além disso, os produtores têm enfrentado problemas com o ataque de pássaros, que causam perdas significativas nas lavouras. Já na região de Santa Rosa, a cultura do morango está em plena frutificação, com uma melhora na maturação dos frutos, o que resultou em um aumento na oferta local. O controle de pragas, como o ácaro-rajado, e de doenças, como o mofo-branco, segue sendo uma prática essencial. O preço médio do morango comercializado em feiras, no mercado público e diretamente ao consumidor é de R$ 30,00 por quilo. Na região de Soledade, a produção de morango apresenta resultados satisfatórios tanto em qualidade quanto em quantidade. O clima seco tem contribuído para a redução da incidência de doenças, enquanto a radiação solar favorece a qualidade dos frutos. Além disso, as temperaturas mais elevadas têm permitido a produção de estolões. Embora as variedades de dias curtos comecem a reduzir a produção, a maior parte das plantações utiliza variedades de dias neutros, como San Andres e Albion. A oferta na região está estável, com preços variando entre R$ 20,00 e R$ 25,00 por quilo. Em resumo, a produção de morango no Rio Grande do Sul continua sendo fortemente influenciada pelas condições climáticas e pelas práticas de manejo fitossanitário, o que reflete nas variações de qualidade e preço em cada região do estado.
Produção de Olericultura Gera R$ 7,2 Bilhões no Paraná
A olericultura, ramo dedicado à produção de hortaliças, apresentou um desempenho expressivo em 2023, gerando um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 7,2 bilhões, o que representa 3,6% dos R$ 198 bilhões movimentados pelo setor agropecuário no estado do Paraná. Os dados são do Boletim de Conjuntura Agropecuária, publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Essa atividade agrícola, que envolve o cultivo de 50 espécies diferentes, está presente em todos os 399 municípios paranaenses. No entanto, sua representatividade, embora relevante, é vista como diluída dentro do contexto mais amplo do agronegócio estadual. Conforme o boletim, a produção de hortaliças no Paraná ocupa uma área plantada de 117,6 mil hectares, resultando em uma colheita de 2,97 milhões de toneladas de produtos. Três itens destacam-se como os principais responsáveis por esse volume: batata, tomate e mandioca para consumo humano. Juntos, esses três produtos ocupam 44,1% da área total cultivada e respondem por 50,3% do volume de produção, além de contribuírem com 50,2% do VBP do setor de hortaliças. O Núcleo de Curitiba, que abrange a maior área urbana do estado, é o maior produtor de hortaliças do Paraná, concentrando 35,7% do VBP, 36,4% da produção colhida e 40,9% da área cultivada. Somado aos Núcleos Regionais de Guarapuava, Ponta Grossa, Apucarana e Londrina, essa região responde por 64,8% do VBP estadual, 66,0% do volume produzido e 64,2% da área plantada de hortaliças no Paraná. Em termos locais, vinte municípios concentram mais da metade da área total dedicada ao cultivo de hortaliças no estado, sendo responsáveis por 50,4% da área plantada, 54,4% da produção e 53,8% do VBP do setor. Dentre esses municípios, São José dos Pinhais se destaca como o principal produtor, detendo 9,1% da área cultivada, 8,7% da produção e 8,3% do VBP da olericultura paranaense. A olericultura é uma atividade marcada pelo uso intensivo de mão de obra em áreas relativamente pequenas, o que a torna uma importante geradora de empregos e renda, especialmente no contexto da agricultura familiar. Além de contribuir para a segurança alimentar das famílias envolvidas diretamente na produção, esse setor desempenha um papel fundamental no abastecimento das populações urbanas com alimentos frescos, saudáveis e de alta qualidade, promovendo assim não apenas o desenvolvimento econômico, mas também a melhoria da qualidade de vida.
Exportações do Agronegócio Registram Queda de 9,1% em Agosto
Segundo o Itaú BBA, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que as exportações do agronegócio brasileiro em agosto totalizaram US$ 14 bilhões. Esse valor representa uma queda de 9,1% em relação ao mês anterior e de 10,6% em comparação com agosto de 2023. No acumulado de janeiro a agosto de 2024, o valor exportado foi de US$ 111,6 bilhões, uma leve redução de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da queda, esse resultado ainda é o segundo maior da história para esse intervalo de tempo. No mês de agosto, o agronegócio representou 49,2% do total das exportações brasileiras. Dentro desse contexto, o complexo da soja se destacou, correspondendo a 19,4% das exportações totais do país. Contudo, o volume de grãos exportados sofreu uma redução de 28,5% em relação a julho e de 4,1% quando comparado ao mesmo mês do ano passado. Os preços da tonelada de soja também registraram uma desvalorização de 12,8% no mesmo período. Em contraste, o farelo de soja apresentou um leve crescimento de 6,4% no volume exportado em agosto, embora tenha registrado uma queda de 12% em comparação ao ano anterior. O óleo de soja, por sua vez, teve uma queda expressiva de 43% no volume exportado. No segmento das proteínas animais, a carne bovina foi destaque, com um aumento de 17% no volume exportado em relação a agosto de 2023, impulsionado especialmente pelas exportações para os Estados Unidos. Por outro lado, as exportações de carne suína para a China recuaram, enquanto as vendas para as Filipinas, que se tornaram o principal destino em agosto, aumentaram. Já as exportações de carne de frango tiveram uma queda significativa de 30% no volume exportado em comparação a julho e de 24,6% frente a agosto do ano passado. O setor sucroenergético também apresentou movimentações relevantes. As exportações de etanol cresceram 36% em agosto, com a Coreia do Sul se destacando como principal destino. O VHP (açúcar bruto) registrou um aumento de 5,3% em relação a julho e de 11% quando comparado a agosto de 2023. Em contrapartida, o açúcar refinado teve uma redução de 4% no volume exportado em comparação a julho e de 10% em relação ao ano anterior. No que se refere ao algodão, o cenário foi positivo, com as exportações para a Ásia registrando um aumento expressivo de 167% no acumulado de janeiro a agosto de 2024, reforçando a relevância do mercado asiático para esse produto.
Brasil Ruma para a Segunda Maior Safra de Sua História
De acordo com a estimativa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos na safra 2023/2024 pode alcançar 298,41 milhões de toneladas. Esse número, apesar de impressionante, representa uma redução de 21,4 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior. A queda na produção é atribuída principalmente à irregularidade das chuvas no início do plantio e à baixa precipitação ao longo do ciclo das lavouras em importantes regiões produtoras, como o Centro-Oeste, Matopiba, São Paulo e Paraná. No Rio Grande do Sul, o excesso de chuvas prejudicou as lavouras de primeira safra, o que também contribuiu para a diminuição no volume total de produção. Apesar desse cenário desafiador, as projeções indicam que a safra 2023/2024 será a segunda maior já registrada na história do Brasil. A área semeada é estimada em 79,82 milhões de hectares, um aumento de 1,6% em comparação com o ciclo 2022/2023. No entanto, a produtividade média deve cair em torno de 8,2%, passando de 4.072 quilos por hectare para 3.739 quilos por hectare, refletindo o impacto das condições climáticas adversas sobre as lavouras. Entre as principais culturas afetadas, a soja se destaca com uma projeção de queda significativa. A produção estimada de soja é de 147,38 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 7,23 milhões de toneladas em comparação à safra anterior. A escassez de chuvas e as altas temperaturas em estados como Mato Grosso e Rio Grande do Sul desempenham um papel crucial nesse declínio, afetando diretamente o desempenho dessa cultura tão importante para o agronegócio brasileiro. O milho também enfrenta desafios, com uma estimativa de colheita total de 115,72 milhões de toneladas, uma redução de 12,3% em relação à safra anterior. Além das condições climáticas irregulares, o ataque de pragas em estados como Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, especialmente na segunda safra, contribuiu para essa diminuição. Por outro lado, algumas culturas apresentam resultados mais positivos. O algodão, por exemplo, deverá registrar um aumento expressivo de produção, com a estimativa de 3,65 milhões de toneladas de pluma, o que representa um novo recorde na série histórica. As culturas de arroz e feijão também devem ter desempenhos melhores nesta safra. O arroz, com uma produção estimada de 10,73 milhões de toneladas, representa um aumento de 5,5%, enquanto o feijão, com uma estimativa de 3,12 milhões de toneladas, deve crescer 7%, ambos impulsionados pela expansão da área cultivada. Mesmo com os desafios impostos pelas adversidades climáticas, a safra 2023/2024 consolida a força e a resiliência do agronegócio brasileiro, que segue produzindo em larga escala e se mantém como um dos maiores exportadores de alimentos do mundo.
Senar realiza curso de Doma Racional de Cavalos em Pacajús
O Sistema Faec/Senar, em parceria com o Sindicato Rural de Horizonte, realizou o Curso de Doma Racional de Equinos no distrito de Cavalaria, em Pacajús. A iniciativa teve como objetivo capacitar os participantes em técnicas de manejo respeitoso e eficiente dos cavalos. Nesta semana, ocorreu a cerimônia de entrega dos certificados, com a presença de Francisco José de Sousa, presidente do Sindicato Rural de Horizonte, que destacou a importância do curso para o desenvolvimento das habilidades dos profissionais locais.