Nesta sexta-feira, dia 29, o Encontro dos Produtores Rurais do Ceará (EPROCE) promove mais uma edição de seu tradicional evento voltado para o fortalecimento do agronegócio cearense. A iniciativa, que acontecerá em Fortaleza, reúne produtores, especialistas e representantes do setor para discutir os desafios e oportunidades do agronegócio no estado, com foco em soluções colaborativas e inovação. Nesta edição, um dos momentos mais aguardados será a participação dos candidatos à prefeitura de Fortaleza, o maior mercado consumidor do agro cearense. Os candidatos terão a oportunidade de apresentar suas propostas de como pretendem se posicionar em relação ao agronegócio e aos produtores rurais do estado. Este diálogo é visto como crucial pelos produtores, que buscam entender como cada candidato pretende apoiar o setor, especialmente em questões como incentivos fiscais, infraestrutura e programas de sustentabilidade. Outro destaque do evento será a discussão sobre a visibilidade do agronegócio cearense, que tem ganhado força com a chegada de veículos de comunicação especializados no setor. O panorama da visibilidade será apresentado por Jakeline Diogenes, a “Marketeira do Agro,” que trará uma análise sobre como esses veículos vêm mostrando um Ceará nunca antes visto, revelando culturas, realidades e a identidade do sertanejo de forma autêntica e impactante. A inclusão desta temática reforça a importância da mídia na construção de uma nova percepção do agro cearense, destacando as histórias e o cotidiano de quem vive e produz no sertão. Este é mais um passo do EPROCE na sua missão de unificar o setor, buscando soluções para os gargalos e promovendo a representatividade e o fortalecimento do agronegócio no Ceará. Com eventos como este, a entidade reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a inovação, elementos fundamentais para a prosperidade do campo cearense. EPROCE – Edição de AgostoDAta: 29.08.2024Local: Coco Bambu SulHora: a partir das 12h
Cesta básica em Fortaleza apresenta o 4º maior recuo de preço
Em julho, entre as oito capitais analisadas, Fortaleza destacou-se ao registrar o quarto maior recuo nos preços da cesta básica. A pesquisa, realizada pela plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE, monitorou a oscilação dos preços dos itens que compõem a cesta básica em diversas capitais brasileiras. Com uma variação negativa de apenas 0,4% no mês, Fortaleza ficou à frente de Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Manaus, que apresentaram alta nos preços dos alimentos. As capitais que lideraram a deflação foram Curitiba (-12,3%), Rio de Janeiro (-7,1%) e São Paulo (-3,7%). No cenário nacional, o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) já havia reportado uma queda histórica de 1% na variação de preços, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o menor valor registrado desde agosto de 2017. Em Fortaleza, alguns produtos impediram uma deflação mais significativa na cesta básica, como o ovo (+7,5%), legumes (+3,6%), frango (+1,3%), café (+1,4%) e manteiga (+1%). Por outro lado, itens como fubá e farinhas de milho (-2,9%), açúcar (-2,5%), margarina (-1,6%) e feijão (-1,2%) apresentaram as maiores quedas de preços. Impacto do ICMS e fortalecimento da Agroindústria no Ceará Apesar da leve queda nos preços, o presidente do Sindialimentos Ceará, Isaac Bley, destaca que fatores como o aumento da carga tributária e a valorização do dólar continuam a influenciar o custo dos alimentos. “O ICMS passou de 18% para 20%, e o dólar mais alto impacta a inflação, especialmente no setor alimentício, onde muitas empresas dependem de insumos e equipamentos importados”, explica Bley. Ele também enfatiza a capacidade das indústrias alimentícias de manter certa estabilidade nos preços, graças à resiliência econômica e à inovação nas estratégias de produção. “Essa reinvenção das indústrias tem ajudado a evitar perdas, criando um cenário mais favorável para o consumidor final.” Dados do Sindialimentos indicam que, até maio deste ano, o Ceará registrou um aumento de 2,2% na produção industrial de alimentos. Este crescimento foi um dos fatores que contribuíram para manter a variação do IPCA na Região Metropolitana de Fortaleza abaixo da média nacional no setor de alimentação e bebidas (+0,24% em Fortaleza contra +0,44% no Brasil). A menor dependência de produtos importados reflete a importância crescente da agroindústria no PIB cearense. Um dos segmentos que impulsionou essa estabilidade nos preços foi o plantio de trigo no sul do Ceará. Devido às condições climáticas adversas em outras regiões do país, a expansão desse cultivo no estado tornou-se uma alternativa viável, em contraste com a produção predominante nas regiões Centro-Oeste e Sul.
“Incêndio agrava perdas na cana-de-açúcar em SP, que sofre com seca desde abril: ‘Queimar cana é queimar dinheiro’, diz presidente de associação”
Cana-de-açúcar Enfrenta Impactos Severos da Seca e Incêndios Quando a safra de cana-de-açúcar começou em abril, o setor projetava uma colheita de 420 milhões de toneladas no estado de São Paulo. No entanto, essa estimativa foi gradualmente frustrada devido à seca prolongada. Atualmente, a Orplana prevê uma colheita de 370 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 12% (50 milhões de toneladas) em relação à previsão inicial. De acordo com Maurício Muruci, analista de cana-de-açúcar da Safras e Mercados, “desde abril, praticamente não houve chuvas nos canaviais”. O especialista da Orplana, Nogueira, explica que a seca faz com que as plantas de cana fiquem mais finas, rachadas e “isoporadas”, diminuindo o teor de açúcar. Isso compromete a qualidade da cana para a extração de açúcar e etanol. Efeitos dos Incêndios Os incêndios recentes exacerbam ainda mais a situação. Entre sexta-feira (23) e sábado (24), mais de 2 mil focos de fogo queimaram aproximadamente 5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 59 mil hectares, representando cerca de 1,5% da produção total de São Paulo. Embora o percentual seja pequeno, o fogo também danificou rebrotas, o que reduzirá a produtividade da próxima safra. Cada planta de cana pode rebrotar de cinco a seis vezes, permitindo múltiplas safras com o mesmo plantio. No entanto, com as perdas causadas pelos incêndios, alguns agricultores terão que replantar ou terão menos safras, o que aumentará os custos de produção. Além disso, uma planta de cana queimada deve ser colhida rapidamente, pois após seis a sete dias, o risco de fungos e bactérias que inviabilizam o uso da planta aumenta, alerta Nogueira. Nogueira também destaca que a colheita dos 59 mil hectares afetados será um desafio devido à falta de máquinas suficientes. No entanto, há a possibilidade de recuperação parcial da cana queimada. Projeções de Perdas e Impacto nos Preços A Orplana deve divulgar novos números sobre os impactos dos incêndios nesta quarta-feira (28), incluindo as perdas dos dias 25 e 26. Além disso, com a seca se prolongando em setembro, é provável que as estimativas de colheita sejam revistas para baixo. Nogueira prevê uma revisão nas projeções de produção. Muruci, da Safras, observa que a produtividade da primeira metade da safra já teve uma redução de 30%, e com os incêndios, espera-se uma queda adicional de 30%. “Portanto, haverá uma redução total de 60% na produtividade da cana neste segundo semestre”, afirma. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) ainda não possui um levantamento sobre o impacto das queimadas na produção das usinas. Efeitos no Preço do Açúcar e Etanol Tanto Muruci quanto Nogueira acreditam que a seca e os incêndios podem levar a um aumento nos preços do etanol e do açúcar ao consumidor. “Com a redução da produtividade, há menos oferta de matéria-prima para a indústria, o que impacta os preços”, explica o CEO da Orplana. Na segunda-feira (26), os contratos futuros de açúcar bruto na bolsa de Nova York subiram 3,5% devido aos incêndios no Brasil, o maior produtor de cana do mundo. “O incêndio foi um fator que impulsionou a alta dos preços na bolsa, mas o mercado também estava considerando a seca e a quebra na produção que já estavam em andamento”, observa Nogueira. Nesta terça-feira (27), o preço do açúcar na bolsa de NY subiu 3,36%, acumulando uma alta de 8% desde a quinta-feira passada, destaca Muruci. Em relação ao etanol, o impacto para o consumidor deverá ser percebido em cerca de 15 a 20 dias, que é o tempo necessário para a cana prejudicada ser colhida, processada e distribuída.
35 cidades do Paraná registram Valor Bruto da Produção Agropecuária acima de R$ 1 bilhão
O Paraná agora conta com 35 municípios que superam R$ 1 bilhão em Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), de acordo com o relatório final de 2023 publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Após revisões, o VBP total do estado em 2023 atingiu R$ 198,02 bilhões, o maior da história. Entre os novos integrantes do seleto grupo estão Corbélia, Chopinzinho, Ortigueira, Nova Santa Rosa e São Mateus do Sul, que se destacaram com valores acima de R$ 1 bilhão. No entanto, alguns municípios como Candói, Pato Branco, General Carneiro e Mangueirinha ficaram abaixo da marca bilionária neste ano. O secretário estadual da Agricultura, Natalino Avance de Souza, ressaltou que esses números refletem o crescimento e a geração de emprego e renda no campo. Segundo Larissa Nahirny, economista do Deral, a soja e a avicultura foram os principais impulsionadores do VBP entre os novos bilionários. Corbélia, por exemplo, quase triplicou sua produção de soja, enquanto Chopinzinho e Ortigueira se destacaram com a soja e o frango de corte. Já Nova Santa Rosa e São Mateus do Sul mantiveram forte presença em suínos e erva-mate, respectivamente. O levantamento do VBP no Paraná é abrangente, englobando cerca de 350 culturas. A pecuária liderou o VBP pelo segundo ano consecutivo, representando 49% do total gerado em 2023, enquanto a agricultura contribuiu com 46,5%.
Sinrural de Lavras da Mangabeira oferece Curso de Produção Artesanal de Bolos Confeitados.
O Sindicato Rural de Lavras da Mangabeira, em parceria com o Sistema Faec/Senar, realizou neste mês o Curso de Produção Artesanal de Bolos Confeitados no Sítio São Pedro, em Ipaumirim. O curso teve como objetivo capacitar os participantes em técnicas de confeitaria, promovendo o desenvolvimento de habilidades na produção artesanal de bolos. A cerimônia de encerramento contou com a presença do presidente do sindicato, Dorimedonte Ferrer, que ressaltou a importância da qualificação profissional para o fortalecimento da economia local. Essa iniciativa faz parte de uma série de ações do Sistema Faec/Senar, focadas na capacitação de trabalhadores e no incentivo ao empreendedorismo na região.
Senar realiza live sobre brucelose e tuberculose no Ceará
Na segunda-feira (26), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) realizou uma live com o tema “Unindo Esforços: Combate à Brucelose e Tuberculose no Ceará”. O evento contou com a participação de representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa), da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) e da Ceva Pecuária Brasil. Com a presença de 100 espectadores, o foco da live foi destacar a importância das ações de controle e educação sobre brucelose e tuberculose, doenças infecciosas que impactam a pecuária estadual. “O combate à brucelose e à tuberculose animal é uma prioridade para a Federação. Estamos comprometidos em intensificar as ações de educação voltadas ao produtor rural e incentivar a vacinação para proteger a pecuária cearense”, afirmou Amílcar Silveira, presidente da Faec. A brucelose, uma doença infecciosa que afeta principalmente os bovinos, continua a ser um desafio para a pecuária cearense, causando perdas econômicas devido à redução da produção leiteira e ao aumento das taxas de aborto em bovinos. Embora existam programas de controle e vacinação em vigor, a erradicação completa da doença ainda não foi alcançada. “O Nordeste tem registrado um crescimento na produção de leite superior à média de outras regiões do país. Com este evento, a Faec busca articular ações de sanidade animal em todas as esferas do setor produtivo”, destacou Josias Wéricles, analista da Área Animal da Faec. Durante a live, Jarier De Oliveira Moreno, da Adagri, enfatizou a necessidade de um plano de ação integrado para garantir a eficácia da vacinação. Guilherme Souza Dias, da CNA, ressaltou a importância de ações coordenadas e da disponibilidade de vacinas para combater essas enfermidades. O evento teve como objetivo intensificar as ações educativas sobre brucelose e tuberculose, além de discutir a relevância dessas doenças para a saúde pública e a pecuária.