O presidente do Sindicato Rural de Beberibe, Tadeu Colaço, e o assessor jurídico do Sistema Faec/Senar, Raimundo Feitosa, realizaram, nesta quinta-feira (8), uma série de reuniões com produtores rurais do município e seus distritos para fornecer orientações jurídicas sobre a colheita da safra de caju de 2024, que começou neste mês. Durante os encontros foram abordados temas relacionados à legislação trabalhista como a fiscalização por órgãos públicos, contratação de trabalhadores e formação de novas turmas da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). Segundo Tadeu Colaço, a safra de caju, que vai de agosto a novembro, demanda cerca de 20 mil trabalhadores. Mas a escassez de mão de obra tem sido um gargalo para os produtores. “A falta de mão de obra causa uma grave instabilidade no processo de colheita e é um dos fatores que explicam porque os produtores perdem cerca de 80% do caju a cada safra e porque a produção da castanha-de-caju está caindo”, disse Colaço. Raimundo Feitosa destacou ainda que muitos trabalhadores preferem não trabalhar formalmente para não perder benefícios assistenciais do Governo Federal. “O produtor rural fica numa situação em que não consegue colher sua produção sozinho e, ao mesmo tempo, não consegue mão de obra para formalizar, ficando sujeito a fiscalização e autuação”, disse o assessor jurídico. Cajucultura no Ceará O Ceará é o principal produtor de caju do Brasil, ao lado de Rio Grande do Norte e Piauí. Juntos, os estados respondem por 95% da produção brasileira. No entanto, dados do Centro de Inteligência e Inovação da Agropecuária (Ciiagro) da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec) apontam uma queda contínua na produção de castanha-de-caju no Ceará. Para a Faec, a recuperação da cajucultura e a retomada do protagonismo econômico do setor passa pela colaboração de todos os agentes (públicos e privados).
Produtores realizam manifestação contra entrada de camarão importado
Produtores de camarão do Ceará realizam, neste sábado, 17 de agosto, uma grande manifestação contra a entrada de camarão importado no mercado brasileiro. O evento será realizado em Limoeiro do Norte, no ginásio José Nilson Osterne, a partir das 8 horas. A expectativa é reunir mais de 800 produtores de todo o Estado. De acordo com o presidente da Associação de Produtores de Camarão do Ceará (APCC), Luiz Paulo Sampaio, a manifestação tem o objetivo de pressionar o Ministério da Agricultura a acatar o pleito do setor produtivo de suspender a importação de camarão de países que comprovadamente possuem doenças que não estão presentes no Brasil. “Isso pode impactar de forma devastadora a nossa cadeia produtiva. O exemplo do que aconteceu na Ásia é suficiente para justificar essa suspensão”, diz Sampaio. “É uma manifestação em favor dos criadores de camarão do Brasil e a Federação está ao lado dos carcinicultores cearenses”, diz Amílcar Silveira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec). O Ceará é o maior produtor de camarão do Brasil e cerca de 80% do setor é composto por micro e pequenos produtores. Estarão presentes na manifestação Amílcar Silveira, Luiz Paulo Sampaio, Cristiano Maia, presidente da Associação Nacional da Cadeia Produtiva do Camarão (Camarão BR), lideranças regionais, dentre outros representantes do setor. O evento conta com o apoio da Faec, APCC, Camarão BR e Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC). – foto: diário do nordeste.
Projeto RetifiCAR Beneficia Mais de 500 Produtores no Ceará
Mais de 500 produtores cearenses já se integraram ao Projeto RetifiCAR, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que desde junho tem apoiado agricultores no Ceará na correção do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de suas propriedades. O projeto é realizado em colaboração com o Sistema Faec/Senar, Sindicatos Rurais, prefeituras e o Governo do Estado. “Nesta semana, superamos a meta de 500 adesões de produtores”, destaca Laianny Maia, analista da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec). “O número que esperávamos alcançar em seis meses foi atingido em menos de dois, graças ao excelente trabalho dos sindicatos e das instituições parceiras.” A iniciativa, que conta com o apoio do técnico do Sistema CNA, Davi Queiroz, e do analista da Faec, Fábio Cavalcante, já beneficiou produtores dos municípios de Chorozinho, Pacajus, Horizonte e Maranguape. Ter o CAR ativo traz diversos benefícios ao produtor rural, como acesso ao crédito rural e a programas específicos de agricultura familiar, entre outros. O Programa RetifiCAR fortalece os sindicatos rurais no apoio aos produtores que precisam concluir o processo de regularização ambiental de suas propriedades, conforme estipulado no Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651/2012).