O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, reuniu-se na segunda-feira (5) com o secretário da Fazenda do Estado do Ceará, Fabrízio Gomes, para discutir as dívidas dos produtores rurais com o extinto Banco do Estado do Ceará (BEC). Após a privatização do banco, essas dívidas passaram a ser geridas pelo Tesouro Estadual. Amílcar Silveira destacou que grande parte desses débitos já não pode mais ser executada devido ao tempo decorrido desde que o BEC foi vendido ao Bradesco. No entanto, os nomes dos produtores inadimplentes ainda constam no cadastro de devedores do Fisco Estadual. “Estamos buscando uma solução para que os produtores rurais possam ter seus nomes retirados do cadastro de inadimplentes, considerando que muitas dessas dívidas não são mais passíveis de execução, já que a privatização do banco ocorreu em 2005”, afirmou Amílcar. A reunião contou com a participação dos presidentes de sindicatos Carlos Bezerra (Ibaretama), Eduardo Júnior (Morada Nova), Fausto Fernandes (Quixadá), além do assessor jurídico do Sistema Faec/Senar, Raimundo Feitosa, e da secretária-executiva da Sefaz/CE, Liana Machado.
Boi Gordo Continua em Alta, Atingindo R$ 238/@, Impulsionado pelo ‘Boom’ das Exportações
De acordo com o levantamento da Agrifatto, o preço do boi gordo em São Paulo é atualmente de R$ 237,50/@, considerando uma média entre o animal “comum” e o “boi-China”. Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, o preço médio está em R$ 221,10/@. O mercado de boi gordo continua em valorização, impulsionado principalmente pelas exportações, que têm sido o principal sustentáculo dos preços da arroba. Nas últimas semanas, houve um aumento significativo nos valores praticados, com destaque para as negociações voltadas ao mercado externo. Dados recentes mostram que o preço da arroba do boi gordo permanece firme em diversas regiões do Brasil, refletindo a crescente demanda internacional por carne bovina. Essa tendência de alta é sustentada tanto pelo volume de exportações quanto pela qualidade da carne brasileira, que atende às exigências rigorosas dos mercados estrangeiros. Nesta terça-feira (13/8), os preços do boi gordo se mantiveram firmes na maioria das praças brasileiras, conforme relatado por consultorias que monitoram o setor pecuário diariamente. A Scot Consultoria indicou que o boi gordo paulista continua sendo negociado a R$ 230/@, enquanto a vaca e a novilha gordas estão cotadas a R$ 207/@ e R$ 220/@, respectivamente. O “boi-China”, um animal jovem abatido com até 30 meses de idade, está cotado a R$ 235/@, com um ágio de R$ 5/@ em relação ao animal “comum”, que não atende ao padrão de exportação. No levantamento da Agrifatto, o preço do boi gordo em São Paulo é de R$ 237,50/@, enquanto o valor médio nas demais 16 regiões monitoradas é de R$ 221,10/@. No mercado futuro, o contrato com vencimento em setembro/24 fechou a sessão de segunda-feira (11/8) em R$ 239,10/@, com uma leve alta de 0,13% em relação ao dia anterior. Exportações: O Motor do Mercado de Boi Gordo As exportações de carne bovina têm desempenhado um papel crucial na sustentação dos preços internos. O mercado chinês continua sendo o principal destino da carne brasileira, absorvendo grande parte da produção e influenciando diretamente a formação dos preços. A demanda chinesa, somada à valorização do dólar frente ao real, torna a carne brasileira ainda mais competitiva no cenário internacional. Outro fator que contribui para a alta dos preços é a redução na oferta de animais prontos para abate. A retenção de fêmeas para reprodução e o ciclo pecuário em fase de baixa oferta têm ajustado o mercado interno à nova realidade, com preços firmes e uma disputa acirrada entre os frigoríficos pela matéria-prima. Especialistas do setor pecuário preveem que, no curto prazo, os preços da arroba do boi gordo devem continuar em alta, sustentados pela manutenção da demanda externa e pelas atuais condições de oferta. Além disso, espera-se que os embarques para o mercado asiático continuem crescendo, criando um ambiente ainda mais favorável para os produtores brasileiros. Contudo, os frigoríficos enfrentam desafios na aquisição de matéria-prima, o que pode resultar em margens mais apertadas, especialmente para as indústrias que não focam no mercado externo. Nesse cenário, a competitividade e a eficiência operacional tornam-se essenciais para garantir a lucratividade. Importância Estratégica para o Agronegócio O segmento de boi gordo é estratégico para a economia agropecuária brasileira, não só pelo volume de produção, mas também pela sua representatividade nas exportações. Com o apoio de instituições financeiras como o Bradesco, que oferece soluções personalizadas para o agronegócio, os pecuaristas têm conseguido superar desafios e expandir suas operações, consolidando o Brasil como um dos principais players no mercado global de carne bovina. Preços da Arroba de Boi Gordo, Segundo Safras & Mercado Nesta terça-feira, os preços médios da arroba do boi gordo foram os seguintes: Atacado No mercado atacadista, os preços da carne bovina permanecem firmes, mas as condições para reajustes devem diminuir a partir da próxima semana, devido ao esperado desaquecimento da demanda na segunda quinzena do mês, com o fim do efeito da entrada da massa salarial na economia. Atualmente, o quarto dianteiro é precificado a R$ 13,15 por quilo; a ponta de agulha a R$ 13 por quilo; e o quarto traseiro a R$ 17,20 por quilo.
Egito Autoriza Importação de Carne Bovina com Osso do Brasil
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou nesta terça-feira (13) que o governo do Egito autorizou a importação de carne bovina com osso proveniente do Brasil. De acordo com o Mapa, essa decisão marca um avanço importante para o agronegócio brasileiro, que já tem uma presença consolidada no mercado egípcio. Em 2023, as exportações agrícolas do Brasil para o Egito superaram US$ 1,73 bilhão, com as vendas de proteína animal atingindo mais de US$ 384 milhões. No primeiro semestre de 2024, as exportações brasileiras para o Egito já ultrapassaram US$ 1,31 bilhão. Além disso, em março deste ano, o Egito também abriu seu mercado para carne, produtos cárneos e miúdos de caprinos e ovinos do Brasil. Com essa nova autorização, o Brasil alcança 91 aberturas de mercado em 2024, somando 169 aberturas em 56 destinos desde o início do ano, reforçando sua posição como um dos maiores exportadores de carne bovina no cenário internacional.