De acordo com o levantamento da Agrifatto, o preço do boi gordo em São Paulo é atualmente de R$ 237,50/@, considerando uma média entre o animal “comum” e o “boi-China”. Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, o preço médio está em R$ 221,10/@. O mercado de boi gordo continua em valorização, impulsionado principalmente pelas exportações, que têm sido o principal sustentáculo dos preços da arroba. Nas últimas semanas, houve um aumento significativo nos valores praticados, com destaque para as negociações voltadas ao mercado externo. Dados recentes mostram que o preço da arroba do boi gordo permanece firme em diversas regiões do Brasil, refletindo a crescente demanda internacional por carne bovina. Essa tendência de alta é sustentada tanto pelo volume de exportações quanto pela qualidade da carne brasileira, que atende às exigências rigorosas dos mercados estrangeiros.
Nesta terça-feira (13/8), os preços do boi gordo se mantiveram firmes na maioria das praças brasileiras, conforme relatado por consultorias que monitoram o setor pecuário diariamente. A Scot Consultoria indicou que o boi gordo paulista continua sendo negociado a R$ 230/@, enquanto a vaca e a novilha gordas estão cotadas a R$ 207/@ e R$ 220/@, respectivamente. O “boi-China”, um animal jovem abatido com até 30 meses de idade, está cotado a R$ 235/@, com um ágio de R$ 5/@ em relação ao animal “comum”, que não atende ao padrão de exportação. No levantamento da Agrifatto, o preço do boi gordo em São Paulo é de R$ 237,50/@, enquanto o valor médio nas demais 16 regiões monitoradas é de R$ 221,10/@. No mercado futuro, o contrato com vencimento em setembro/24 fechou a sessão de segunda-feira (11/8) em R$ 239,10/@, com uma leve alta de 0,13% em relação ao dia anterior.
Exportações: O Motor do Mercado de Boi Gordo
As exportações de carne bovina têm desempenhado um papel crucial na sustentação dos preços internos. O mercado chinês continua sendo o principal destino da carne brasileira, absorvendo grande parte da produção e influenciando diretamente a formação dos preços. A demanda chinesa, somada à valorização do dólar frente ao real, torna a carne brasileira ainda mais competitiva no cenário internacional. Outro fator que contribui para a alta dos preços é a redução na oferta de animais prontos para abate. A retenção de fêmeas para reprodução e o ciclo pecuário em fase de baixa oferta têm ajustado o mercado interno à nova realidade, com preços firmes e uma disputa acirrada entre os frigoríficos pela matéria-prima.
Especialistas do setor pecuário preveem que, no curto prazo, os preços da arroba do boi gordo devem continuar em alta, sustentados pela manutenção da demanda externa e pelas atuais condições de oferta. Além disso, espera-se que os embarques para o mercado asiático continuem crescendo, criando um ambiente ainda mais favorável para os produtores brasileiros. Contudo, os frigoríficos enfrentam desafios na aquisição de matéria-prima, o que pode resultar em margens mais apertadas, especialmente para as indústrias que não focam no mercado externo. Nesse cenário, a competitividade e a eficiência operacional tornam-se essenciais para garantir a lucratividade.
Importância Estratégica para o Agronegócio
O segmento de boi gordo é estratégico para a economia agropecuária brasileira, não só pelo volume de produção, mas também pela sua representatividade nas exportações. Com o apoio de instituições financeiras como o Bradesco, que oferece soluções personalizadas para o agronegócio, os pecuaristas têm conseguido superar desafios e expandir suas operações, consolidando o Brasil como um dos principais players no mercado global de carne bovina.
Preços da Arroba de Boi Gordo, Segundo Safras & Mercado
Nesta terça-feira, os preços médios da arroba do boi gordo foram os seguintes:
- São Paulo: R$ 232,05 à prazo;
- Goiás: R$ 228,79;
- Minas Gerais: R$ 223,76;
- Mato Grosso do Sul: R$ 236,89;
- Mato Grosso: R$ 210,41.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina permanecem firmes, mas as condições para reajustes devem diminuir a partir da próxima semana, devido ao esperado desaquecimento da demanda na segunda quinzena do mês, com o fim do efeito da entrada da massa salarial na economia. Atualmente, o quarto dianteiro é precificado a R$ 13,15 por quilo; a ponta de agulha a R$ 13 por quilo; e o quarto traseiro a R$ 17,20 por quilo.