A escolha do touro sindi para cruzamento com novilhas F1 angus x nelore é uma estratégia cada vez mais considerada por pecuaristas que buscam otimizar o ganho de peso e a adaptabilidade dos animais em sistemas a pasto. Esse cruzamento industrial tem como foco a produção terminal, garantindo heterose, rusticidade e uma carne de alta qualidade.
Por que considerar o touro sindi no cruzamento industrial?
De acordo com o zootecnista e especialista em cruzamento industrial Alexandre Zadra, que participou do quadro “Giro do Boi Responde”, o touro sindi traz vantagens significativas para o cruzamento com novilhas F1 angus x nelore. Algumas das principais razões para essa escolha incluem:
1. Heterose e rusticidade
O sindi é uma raça zebuína de menor porte, mas extremamente resistente. Seu uso no cruzamento com F1 angus x nelore proporciona bezerros vigorosos, com alta capacidade de adaptação ao pasto e bom desempenho na desmama.
2. Facilidade no manejo e ciclo produtivo otimizado
Os animais resultantes desse cruzamento apresentam boa docilidade, ganho de peso eficiente e ciclo produtivo adequado para sistemas de cria e recria em condições tropicais.
3. Qualidade da carne e valorização de mercado
A carne dos bezerros desse cruzamento pode ser direcionada para programas de qualidade, como o 1953 da JBS, que premia animais jovens e bem acabados. Isso gera maior rentabilidade ao produtor.
Alternativas ao touro sindi no cruzamento industrial
Embora o touro sindi seja uma opção viável, outros zebuínos também podem ser utilizados, dependendo dos objetivos da propriedade:
- Touro Guzerá: Excelente para produção de carne de alta qualidade, com bom rendimento de carcaça.
- Touro Tabapuã: Indicado para sistemas mais intensivos, garantindo ganho de peso acelerado.
- Touro Brahman: Boa opção para condições adversas, com alta tolerância ao calor e parasitas.
Conclusão
O uso do touro sindi no cruzamento com novilhas F1 angus x nelore é uma estratégia eficiente para produção de animais adaptados ao pasto, produtivos e com boa qualidade de carne. No entanto, a escolha final deve considerar o objetivo do sistema de cria e a viabilidade econômica para cada propriedade.
