Os Impactos da Inflação no Agro e os Desafios para a Sustentabilidade do Setor
A inflação impacta diretamente o agro ao aumentar os custos de produção, reduzindo a rentabilidade dos produtores e gerando instabilidade nos preços dos alimentos. Insumos essenciais como fertilizantes, defensivos agrícolas e combustíveis ficam mais caros, tornando a produção mais onerosa. Pequenos e médios produtores são os mais afetados, pois têm menos capacidade de repassar esses custos ao consumidor final.
Além disso, a inflação reduz o poder de compra dos produtores e encarece o crédito rural, essencial para o financiamento das safras. Com taxas de juros elevadas, o endividamento se torna um risco maior, dificultando investimentos em tecnologia e modernização. Isso compromete a produtividade e pode levar à diminuição da produção no longo prazo.
No mercado internacional, a inflação reduz a competitividade dos produtos agropecuários brasileiros. Com custos mais altos, os preços sobem e tornam as exportações menos atrativas. Se a inflação vier acompanhada da desvalorização cambial, o impacto pode ser ainda maior, elevando os custos dos insumos importados e pressionando ainda mais a produção.
A instabilidade econômica gerada pela inflação dificulta o planejamento estratégico do setor, afastando investimentos e limitando a capacidade de inovação. Para mitigar esses impactos, é fundamental a implementação de políticas públicas que garantam crédito acessível, incentivos à produção e controle dos preços dos insumos. Somente assim o agro poderá se manter sustentável e competitivo no longo prazo.
Esta coluna é escrita por Diego Trindade, sul-mato-grossense que escolheu o Ceará como sua casa. Diego atua conectando o agro e traz para você informações exclusivas sobre acordos, projetos e inovações que impulsionam o setor.
