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Guerra dos Tomates: O Potencial do Ceará para Liderar a Produção no Nordeste

Ceará Rumo à Liderança na Produção de Tomates no Nordeste

Enquanto a Espanha celebra a famosa “La Tomatina”, o Nordeste brasileiro protagoniza uma disputa produtiva em outro cenário: as lavouras de tomate. Segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, o Ceará está prestes a ultrapassar a Bahia e se consolidar como o maior produtor de tomates da região.

A projeção para outubro de 2024 estima uma produção de 195.321 toneladas em uma área colhida de 2.732 hectares no Ceará. Esses números colocam o estado na liderança regional, com o maior rendimento financeiro por hectare.

Embora em âmbito nacional Goiás permaneça no topo com uma estimativa de 990.000 toneladas para 2024, seguido por São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Paraná, o desempenho cearense impressiona pela eficiência. Apesar de a Bahia ainda contar com uma área plantada maior (4.240 hectares e produção estimada de 182.317 toneladas), o Ceará se destaca por sua produtividade, graças à adoção de tecnologias avançadas e sistemas de irrigação de precisão.

Investimentos e Avanços Tecnológicos

Desde 2016, o Ceará investiu mais de R$ 14 milhões no Programa Irrigação na Minha Propriedade (PIMP), coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA). A iniciativa já instalou 558 projetos de irrigação em quase todos os municípios cearenses, garantindo a otimização do uso da água.

Além disso, em 2024, o estado expandiu sua capacidade produtiva com a criação de dois novos polos de irrigação nas regiões da Ibiapaba e do Cariri, consolidando a tomaticultura como uma força no agronegócio cearense.

Crescimento Contínuo

Segundo Carlos Matos, ex-secretário de Agricultura do Ceará, o avanço na produção de tomates é resultado de uma evolução estratégica que vem sendo trabalhada ao longo da última década.

“O crescimento do setor agrícola cearense demonstra o enorme potencial do estado. Com políticas adequadas, podemos atingir novos patamares e alavancar ainda mais a economia local”, destacou Matos.

A eficiência do estado é evidente nos números: a produtividade média do tomate passou de 43.693 kg/ha em 2000 para 72.470 kg/ha em 2023. Entre 2018 e 2020, houve um salto expressivo, de 56.269 kg/ha para 71.087 kg/ha, refletindo o impacto dos investimentos em tecnologia e controle de pragas.

Perspectivas para o Futuro

O Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/25, anunciado pelo Governo Federal, deve injetar até R$ 1,8 bilhão em crédito rural no Ceará, incentivando práticas agrícolas sustentáveis e o fortalecimento da produção de alimentos.

Nos últimos cinco anos, o tomate se consolidou como o carro-chefe da agricultura irrigada cearense, superando culturas como milho e feijão. O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) prevê aumento na produção de diversas culturas em 2024, incluindo tomate (+3,9%), pimentão (+6,7%) e alface (+4,2%).

Com uma projeção nacional de 4,237 milhões de toneladas de tomates em 2024, o Nordeste será responsável por cerca de 488.603 toneladas – e o Ceará, ao que tudo indica, seguirá como destaque regional, reforçando sua importância no cenário agrícola brasileiro.

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