Leve crescimento movimenta fevereiro
As exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 11,2 bilhões em fevereiro de 2025, representando um crescimento de 2,2% em relação ao mês anterior. Embora o volume exportado tenha sido 2,7% inferior ao de fevereiro de 2024, os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) confirmam a solidez do setor.
Soja lidera o desempenho
Principal destaque do mês, a soja movimentou 6,4 milhões de toneladas. Esse volume representa um aumento expressivo de 501% em relação a janeiro. Apesar disso, o número ainda ficou 3% abaixo do mesmo período do ano passado. Além disso, o preço da tonelada caiu 10%, sendo negociada a US$ 398,20.
Derivados de soja ganham força
O óleo de soja registrou crescimento de 252%, com 112 mil toneladas exportadas, mesmo com a queda de 3% no preço médio. O farelo também teve alta de 8,4%, somando 1,7 milhão de toneladas.
Setor de carnes impulsiona resultados
Em seguida, o setor de carnes manteve o ritmo de expansão. As exportações de carne bovina in natura cresceram 6,7% em relação a fevereiro de 2024, enquanto os preços aumentaram 8,9%. A carne de frango também avançou: 406 mil toneladas exportadas, com destaque para o México, que cresceu 273% e se tornou o 6º maior comprador.
Carne suína bate recorde
Ainda em fevereiro, a carne suína in natura alcançou 101 mil toneladas — um aumento de 20%. O valor da tonelada subiu 11% em relação ao ano anterior, puxado pela forte demanda das Filipinas.
Grãos e açúcar apresentam queda
Por outro lado, o milho caiu 16% em volume, embora tenha registrado leve alta de 3,4% no preço. Já o setor sucroenergético sofreu recuos acentuados: etanol caiu 72%, açúcar VHP 41% e refinado 27%.
México se consolida como parceiro estratégico
No cenário de destinos, o México se destacou. As exportações para o país somaram US$ 2,92 bilhões em 2024, com crescimento de 218% desde 2014. O aumento foi puxado por carnes bovina, suína e frango, além do café verde.
Conclusão: resiliência e diversificação
Portanto, mesmo com quedas pontuais, as exportações do agronegócio brasileiro demonstram resiliência. A diversificação de produtos e mercados fortalece a posição do país no comércio global.