Os desafios logísticos e estruturais enfrentados pelos piscicultores do Maranhão impedem que a produção chegue com eficiência aos mercados consumidores. Esse gargalo afeta diretamente a renda dos produtores, principalmente em datas estratégicas como a Semana Santa, quando a demanda por pescado aumenta consideravelmente.
Produção cresce, mas infraestrutura não acompanha
Antes de tudo, é importante destacar que a piscicultura maranhense vem crescendo. Em 2024, a produção ultrapassou 54 mil toneladas. No entanto, os desafios logísticos e estruturais se mantêm como obstáculos. A ausência de estradas em boas condições, transporte refrigerado e centros de distribuição impede que o pescado chegue fresco aos consumidores.
Falta de beneficiamento agrava o problema
Além disso, poucos produtores têm acesso a unidades de beneficiamento. Como resultado, o peixe é comercializado in natura e com baixo valor agregado. Isso reduz a competitividade e o lucro dos piscicultores, que já enfrentam custos elevados com transporte e armazenamento improvisado.
Semana Santa vira oportunidade perdida
Por consequência, datas como a Semana Santa, que deveriam representar o auge das vendas, se tornam períodos de frustração. Os desafios logísticos e estruturais dificultam a entrega do pescado em quantidade e qualidade ideais. Muitos produtores perdem vendas ou são obrigados a aceitar preços baixos impostos por atravessadores.
Soluções exigem investimento e cooperação
Por fim, superar esses obstáculos depende de investimento público e privado. A construção de polos de beneficiamento, a melhoria das rodovias e a criação de cooperativas podem transformar o cenário. Capacitar os piscicultores para acesso direto ao mercado também é essencial.