Cenário econômico pressiona a margem dos produtores
Atualmente, os desafios do agronegócio impõem uma jornada de alta exigência para o setor. Apesar da expectativa de crescimento entre 5% e 6% em 2025, os riscos são reais.
Por isso, fatores como juros elevados, inflação acima da meta e escassez de crédito geram incertezas operacionais e financeiras. Esse ambiente pressiona a rentabilidade do produtor.
Além disso, o resultado abaixo do esperado em 2024 — causado pela queda nos preços das commodities — agravou o cenário. Houve excesso de oferta global e estoques elevados.
Concorrência externa e impacto nas exportações
Enquanto o Brasil enfrenta dificuldades, países como Argentina e Estados Unidos aumentaram sua participação no mercado global. Isso acentuou os desafios do agronegócio brasileiro.
De acordo com o USDA, os EUA exportaram US$ 191 bilhões em commodities em 2024. Esse valor representa o maior crescimento em uma década.
Ao mesmo tempo, a Argentina exportou US$ 25 bilhões em grãos, segundo o Conselho Agroindustrial Argentino. O aumento foi de 27% em relação ao ano anterior.
Custo de capital preocupa produtores rurais
Consequentemente, o custo do crédito se tornou uma barreira relevante. Com a taxa Selic em alta, especialistas projetam juros de até 15% no segundo semestre.
Além disso, o Plano Safra teve contratações suspensas, o que aumentou a insegurança. O governo liberou R$ 4,18 bilhões em crédito extraordinário, mas sem garantias futuras.
Portanto, os desafios do agronegócio exigem gestão estratégica e foco em eficiência. Executivos precisarão revisar modelos de negócio e otimizar o uso do capital.
Eficiência e resiliência como vantagem competitiva
Diante do cenário, a disciplina financeira torna-se um diferencial competitivo. A reestruturação de dívidas e o controle de custos devem ser prioridade em todas as operações.
Ainda mais, é essencial monitorar riscos como volatilidade cambial, eventos climáticos e mudanças tributárias. A capacidade de adaptação será chave para a sobrevivência e o crescimento.
Por fim, os executivos do agro devem atuar com visão sistêmica. Ao antecipar tendências e agir com agilidade, podem transformar os desafios em oportunidades sustentáveis.