Assistência técnica e inovação impulsionam avanços na cadeia leiteira
A bovinocultura no Ceará segue enfrentando desafios estruturais que impactam diretamente a produção de leite e carne no estado. No programa Panorama do Agro, especialistas destacaram gargalos, soluções técnicas e iniciativas que vêm fortalecendo a cadeia produtiva por meio de gestão, tecnologia e qualificação rural.
Os custos de produção, a limitação climática e a dificuldade de manejo alimentar ainda dificultam a sustentabilidade econômica de pequenos e médios produtores.
Alimentação é o principal gargalo da bovinocultura
O melhoramento genético tem avançado dentro das propriedades, mas a alimentação permanece como o maior desafio. No semiárido, produzir volumoso de qualidade por longos períodos — muitas vezes mais de sete meses — é um obstáculo que reduz produtividade e encarece a operação.
A alimentação insuficiente compromete tanto a quantidade quanto a qualidade do leite, dificultando o equilíbrio financeiro das pequenas propriedades.
O papel da assistência técnica na superação de desafios
A ausência de assistência técnica limita o avanço do produtor. Sem ferramentas de gestão, acompanhamento e tecnologia, a propriedade rural perde competitividade.
O Senar já atende mais de 2.100 produtores distribuídos em 70 grupos, oferecendo assistência técnica e gerencial que ajuda o produtor a tratar a atividade como empresa: registrando dados, analisando números e tomando decisões com base em indicadores reais.
Os resultados mostram evolução: jovens retornam ao campo, propriedades se profissionalizam e a atividade passa a ser vista como fonte de renda consistente.
Tecnologia e genética aceleram o desenvolvimento da cadeia
O Sebrae, em parceria com a FAEC, atua na qualificação dos produtores e na oferta de tecnologias de ponta. O programa FIVI Ceará democratizou o acesso ao melhoramento genético, permitindo que pequenos produtores utilizem embriões de alto padrão — reduzindo o tempo necessário para alcançar animais mais produtivos.
A iniciativa acelera ganhos em produção e produtividade.
Agregação de valor amplia renda nas propriedades
Com maior tecnificação, muitos produtores começam a explorar a diversificação. O Sebrae incentiva a produção de derivados lácteos — como queijos, doces e produtos artesanais — reduzindo a dependência do preço do leite in natura.
Queijos artesanais de regiões do interior chegam a atingir valores entre R$ 80 e R$ 130 o quilo, ampliando a renda e criando mercados diferenciados.
Histórias que inspiram: a trajetória de Fábio Regis na fruticultura
O programa também apresentou a história de Fábio Regis, fruticultor que transformou o modelo de produção familiar por meio de estudo, planejamento e orientação técnica. Sua jornada reforça o papel da gestão e da inovação na construção de negócios rurais mais competitivos.
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Assista ao programa completo a baixo:










