A Associação dos Cafeicultores de Mato Grosso (Acafemat) está buscando apoio do Poder Legislativo estadual, em colaboração com a Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), para obter investimentos de R$ 18 milhões. O objetivo é direcionar esses recursos para aquisição de máquinas e contratação de assistências técnicas, visando fortalecer o setor cafeeiro.
A demanda apresentada pela Acafemat foi elaborada considerando o potencial do estado para a produção de café, especialmente da variedade conilon. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) relativos à primeira safra de 2024, divulgados em janeiro, a perspectiva é beneficiar 263,7 mil sacas de café conilon em Mato Grosso. Isso representa um aumento de 1,3% em comparação com a safra anterior de 260,3 mil sacas, com uma área cultivada de 11,596 mil hectares nesta temporada.
O plano apresentado pela Acafemat abrange duas fases. A primeira inclui a contratação de técnicos para assistência técnica, aquisição de equipamentos como secadoras e caminhões para escoamento, além da produção de mudas. Na segunda fase, está prevista a aquisição de equipamentos de irrigação.
O presidente da Acafemat, Douglas Santini, destacou aos parlamentares que o projeto conta com a participação das prefeituras municipais e da Empaer. Essas entidades desempenharam um papel crucial ao levantar os recursos e equipamentos necessários, além de apresentar uma estimativa para a contratação de profissionais que irão qualificar os produtores e acompanhar as lavouras.
Segundo o coordenador da FPA-MT, deputado Dilmar Dal Bosco (União), a meta é estruturar o setor produtivo de café no estado, proporcionando qualificação, equipamentos para beneficiamento e transporte, visando alcançar o processamento de 500 mil sacas por ano e uma receita de R$ 300 milhões, impulsionando a economia local.
Apesar de não estar previsto no orçamento, Dilmar Dal Bosco explicou que o vice-governador Otaviano Pivetta garantiu recursos para realizar os investimentos necessários.
Glieber Beliene, diretor de assistência técnica e extensão rural da Empaer, ressaltou que a empresa pública desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de culturas no estado, colocando Mato Grosso como líder mundial na produção de grãos.
A expectativa é produzir dois hectares por família, totalizando cinco mil hectares em um ano. Com uma média de produtividade de até 100 sacas de café por hectare por ano, a produção anual no estado deverá atingir 500 mil sacas. O projeto envolve municípios como Nova Bandeirantes, Juruena, Cotriguaçu, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Juína, Aripuanã, Colniza, Paranaíta, Castanheira e Carlinda.