O Brasil precisa agir para manter sua liderança no agronegócio global. No Congresso Brasileiro do Agronegócio, líderes da John Deere, JBS e Bayer alertaram para riscos que podem reduzir a competitividade do país. Segundo eles, é urgente adotar estratégias coordenadas que fortaleçam produção, exportação e inovação.
Competitividade e mercados diversificados
Além disso, os executivos defenderam que o Brasil precisa agir em três frentes: manter competitividade no campo, diversificar mercados e investir em inovação. Alfredo Miguel, da John Deere, destacou que a reorganização das cadeias de suprimento exige revisão de rotas de exportação, origem de insumos e políticas públicas.
Gargalos internos e pressão externa
Por outro lado, Márcio Santos, da Bayer, lembrou que o sucesso do agro se apoia em quatro pilares: ambiente institucional sólido, infraestrutura, inovação e profissionalização. Ele alertou que disputas internas podem enfraquecer essa base. Já Larissa Wachholz, especialista em geopolítica, chamou atenção para a pressão da China e dos EUA, reforçando a necessidade de diversificação de parceiros comerciais.
Impactos ambientais e barreiras internacionais
Ainda mais preocupante, Gilberto Tomazoni, da JBS, criticou as regras ambientais da União Europeia. Segundo ele, essas normas ignoram a captura de carbono dos sistemas tropicais e prejudicam o acesso aos mercados. Ele defendeu apresentar dados técnicos internacionais para contestar restrições e fortalecer a imagem do agro brasileiro.
Inovação e cooperação estratégica
Por fim, os executivos reforçaram que inovação é essencial. Miguel citou o centro de P&D da John Deere no Brasil, que projeta máquinas adaptadas ao mercado local e já exporta tecnologia. Santos, Tomazoni e Wachholz concordaram que a união de entidades, aliada a uma diplomacia comercial ativa, pode ampliar oportunidades e consolidar a influência do Brasil no comércio global.