O recente conflito entre Israel e Irã gera fortes impactos no setor agropecuário brasileiro, principalmente no mercado de fertilizantes nitrogenados. A frase “guerra afeta fertilizantes“ aponta para uma preocupação concreta: a possível elevação nos custos de produção agrícola devido à instabilidade no Oriente Médio.
Logo no início, é importante entender que o Irã é responsável por cerca de 8% da produção mundial de ureia, um dos principais insumos utilizados na agricultura brasileira. A amônia anidra, matéria-prima essencial para a produção desse fertilizante, tem origem concentrada justamente em países como o Irã. Portanto, guerra afeta fertilizantes diretamente, e essa instabilidade no fornecimento pode impactar negativamente várias culturas no Brasil.
Culturas mais afetadas pela crise
Além disso, culturas como milho, café, arroz, citros e algodão são altamente dependentes de fertilizantes nitrogenados. Com o aumento na volatilidade dos preços internacionais, produtores brasileiros já demonstram preocupação com os novos custos que podem surgir.
Segundo o Cepea, qualquer redução no fornecimento global pode pressionar os valores internos, dificultando o planejamento da próxima safra.
Dependência externa amplia os riscos
Por outro lado, a dependência brasileira de fertilizantes importados continua alta. Mais de 80% do consumo nacional é suprido por importações. Isso torna o país vulnerável a conflitos geopolíticos, como o atual. Portanto, a guerra afeta fertilizantes não apenas no preço, mas também na disponibilidade dos produtos.
Estratégias para minimizar impactos
Nesse cenário, especialistas sugerem que os produtores antecipem compras e reforcem o planejamento logístico. Outra alternativa é buscar fornecedores em mercados menos voláteis. O governo também estuda formas de fortalecer a produção nacional de fertilizantes, reduzindo a exposição internacional do agronegócio.