Realizada desde 1954, a Expoece não é apenas uma feira agropecuária; é parte da identidade de Fortaleza e um evento que evoca memórias afetivas em gerações de cearenses. Quem nunca caminhou entre os estandes, viu de perto os animais e experimentou os sabores do campo? Para muitos, a Expoece é tradição e cultura viva, um marco no calendário da cidade que celebra as raízes rurais e o valor do agronegócio no Ceará.
A cada ano, a dedicação dos organizadores e dos expositores mantém a feira em pé, enfrentando desafios e incertezas econômicas. Mesmo em tempos difíceis, quando os recursos são escassos, a Expoece continua acontecendo, graças ao esforço de quem acredita que o evento é essencial para a valorização do campo e do agro. Eles fazem um trabalho notável, sem deixar a tradição morrer, e é preciso reconhecer essa resiliência e amor pelo setor.
No entanto, é lamentável observar a falta de apoio do poder público. A Expoece, que tanto contribui para a economia e o turismo local, não recebeu a atenção devida das autoridades. Em vez de enxergarem a feira como uma oportunidade para apoiar e valorizar o agronegócio cearense, o evento parece ter sido tratado com desinteresse. A ausência de um apoio sólido e de incentivos é um reflexo de como o setor agropecuário, que gera empregos e movimenta a economia, muitas vezes é deixado à margem.
É hora de reconhecer a Expoece como o patrimônio que ela é e garantir que tenha o apoio necessário para continuar crescendo e inspirando novas gerações. Fortaleza precisa valorizar suas tradições e entender que a Expoece é muito mais do que uma feira; é uma conexão direta com a nossa história, cultura e força produtiva.
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Esta coluna é escrita por Diego Trindade, sul-mato-grossense que escolheu o Ceará como sua casa. Diego atua conectando o agro e traz para você informações exclusivas sobre acordos, projetos e inovações que impulsionam o setor.