Comportamento do Mercado de Milho nas Principais Regiões do Brasil De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado do milho iniciou o ano apresentando cenários distintos nas principais regiões produtoras do Brasil. Confira os destaques: Rio Grande do Sul Os vendedores continuam afastados do mercado, com pedidos em torno de R$ 69,00 para retirada no interior do estado em janeiro. Na exportação, a indicação de preço foi de R$ 77,00 sobre rodas para entrega em fevereiro, com pagamento previsto para meados de março. Já em Panambi, o preço à vista se manteve estável em R$ 65,00 por saca. Santa Catarina Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio de milho foi concluído, e as lavouras apresentam boas condições gerais. Contudo, fatores climáticos, como altas temperaturas, ventos fortes e redução nas chuvas, podem encurtar o ciclo da cultura em algumas regiões. A colheita está atrasada em comparação ao ano passado, com apenas 1% da área colhida, contra 3% no mesmo período de 2024.No mercado, o porto de São Francisco do Sul oferece R$ 71,00 por saca para entrega em agosto, com pagamento em 30 de setembro, e até R$ 72,00 para entrega em outubro, com pagamento em 28 de novembro. Paraná O plantio também foi finalizado, com a Conab destacando que o tempo seco contribuiu para os tratos culturais. Entretanto, a comercialização segue lenta, enquanto a indústria aguarda o momento ideal para novas aquisições. No porto de Paranaguá, o milho safrinha registra ofertas de R$ 71,50 para entrega em agosto, com pagamento em 30 de setembro, e R$ 72,00 para entrega em setembro, com pagamento em 30 de outubro. Mato Grosso do Sul A Aprosoja/MS informou uma redução na área plantada com milho na segunda safra 2023/2024, que passou de 2,3 milhões para 2,1 milhões de hectares. No mercado, os preços tiveram variações leves: Campo Grande registrou R$ 62,00 por saca, Chapadão R$ 61,00, enquanto em Dourados e Maracaju houve altas para R$ 65,50. Regiões como Ponta Porã, São Gabriel do Oeste e Sidrolândia mantiveram os preços em R$ 61,80. Cada estado segue enfrentando seus próprios desafios e oportunidades, refletindo a complexidade do mercado de milho no Brasil.
Algodão: Perspectivas de Maior Oferta e Demanda Moderada
2025: Novos Desafios para a Cadeia Produtiva do Algodão Conforme análise divulgada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta quarta-feira (8), o setor do algodão enfrenta desafios importantes em 2025. Após um ano de recordes, o novo cenário apresenta uma produção global que cresce mais rápido do que a demanda, enquanto os custos de produção continuam superando os aumentos nos preços de venda. Pesquisadores do Cepea apontam que o desempenho econômico global, previsto para manter o crescimento moderado de 2024, aliado a preços mais baixos do petróleo, favorece a competitividade das fibras sintéticas em detrimento do algodão. Além disso, os contratos futuros da pluma indicam uma estabilidade nos preços ao longo do ano. No Brasil, o mercado deve ser impactado por uma combinação de fatores, incluindo maior oferta, estoques elevados e uma demanda ainda tímida, agravada pelo crescimento econômico global limitado. Por outro lado, a valorização do dólar frente ao real poderá servir de alívio, ao impulsionar a paridade de exportação e reduzir parte das pressões enfrentadas pelo setor.