A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) divulgou que os Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Agroindustriais) mantiveram sua trajetória de expansão em 2024, com uma captação líquida de R$ 23,3 milhões em novembro. Esse desempenho marca o décimo mês consecutivo de crescimento, consolidando um total de R$ 1,2 bilhão em aportes no acumulado do ano. Entre os tipos de Fiagros, os Fiagros-FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) lideraram a captação, somando R$ 29,3 milhões. Os Fiagros-FIP (Fundos de Investimento em Participações) arrecadaram R$ 1,8 milhão, enquanto os Fiagros-FII (Fundos Imobiliários) registraram resgates líquidos de R$ 7,9 milhões no período. O mercado também registrou emissões expressivas, alcançando R$ 317,2 milhões em novembro, provenientes de cinco ofertas. Destas, três foram de Fiagros-FII, que captaram R$ 217,9 milhões, e duas de Fiagros-FIDC, com R$ 99,3 milhões. Investidores pessoa física representaram a maior fatia das subscrições, com 35,3%, seguidos por intermediários e outros participantes, que responderam por 32,6%. O patrimônio líquido dos Fiagros atingiu R$ 40,5 bilhões em novembro, o que representa um impressionante crescimento de 90,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A maior parte desse valor está alocada nos Fiagros-FII, com R$ 17,95 bilhões, seguidos pelos Fiagros-FIP, que acumulam R$ 17,04 bilhões, e pelos Fiagros-FIDC, com R$ 5,49 bilhões. O setor, que atualmente conta com 117 classes de investimento, passou a adotar a contabilidade por classe desde outubro, em conformidade com a Resolução 175 da CVM.
Frango: Perspectivas de Crescimento para o Setor em 2025
Setor de Carne de Frango: Projeções e Desafios para 2025 O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) prevê que 2025 será um ano de crescimento moderado e investimentos para o setor de carne de frango no Brasil. Contudo, desafios relacionados à economia doméstica e ao comércio internacional podem limitar o avanço. Apesar do esperado aumento na oferta de aves para abate e na demanda interna, o ritmo deverá ser inferior ao registrado em 2024. Economia e Poder de Compra As condições econômicas projetadas indicam que o consumidor brasileiro enfrentará maior restrição no poder de compra, priorizando proteínas mais acessíveis, como o frango. Além disso, a valorização do dólar no final de 2024 deve pressionar os custos de produção, resultando em possíveis ajustes nos preços internos. Mercado Internacional A carne de frango brasileira continuará atraindo forte demanda no exterior. A China deve permanecer como o maior importador, enquanto mercados como Emirados Árabes, Chile e Estados Unidos também devem se destacar. Projeções indicam aumento no volume de exportações para o Oriente Médio e o Chile, enquanto os Estados Unidos devem manter um elevado nível de compras, influenciados pela recuperação gradual de seu rebanho interno. Produção Nacional Nas propriedades produtoras, espera-se a manutenção de elevados níveis de produção, embora o crescimento possa ser mais comedido em relação a 2024. Dados do IBGE mostram um aumento de 19% no número de aves abatidas até setembro de 2024, um indicativo positivo para o próximo ano. Expansão Regional No Rio Grande do Sul, a ampliação da cadeia produtiva segue em ritmo acelerado. Empresas como a Vibra Foods têm investido na expansão de sua infraestrutura para fortalecer a presença no mercado internacional. Recentemente, a companhia inaugurou um incubatório em Soledade, com capacidade para gerenciar sete milhões de pintos por mês. A estrutura, que gera 50 empregos diretos, faz parte de um parque fabril integrado que inclui um frigorífico e uma fábrica de ração, consolidando a região como polo estratégico para a produção de carne de frango. Com uma combinação de desafios econômicos e oportunidades no mercado global, o setor de carne de frango no Brasil deverá adotar estratégias inovadoras para consolidar seu crescimento em 2025.