Fortaleza, CE – Na última segunda-feira (2), um jantar em Fortaleza reuniu representantes do Encontro dos Produtores Rurais do Ceará (EPROCE) e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion, para discutir estratégias de fortalecimento do agronegócio cearense. O encontro, realizado em paralelo ao 14º Congresso Brasileiro do Algodão, destacou-se como um passo importante na aproximação entre o setor agropecuário local e as lideranças nacionais. A presença de Pedro Lupion, uma figura central no cenário agropecuário brasileiro, foi um sinal claro do interesse em alinhar as demandas do Ceará com as políticas e tendências nacionais. Essa conexão é vista como crucial para que o estado possa integrar-se de maneira mais eficaz ao movimento de inovação e crescimento que caracteriza o agronegócio em outras regiões do país. Este jantar representou uma oportunidade única para o EPROCE articular as particularidades do agro cearense, reforçando a importância de um diálogo contínuo entre as lideranças locais e nacionais. A expectativa é que essa iniciativa fortaleça as bases para futuras colaborações, potencializando o desenvolvimento do setor no Ceará e integrando-o cada vez mais ao contexto nacional.
FPA Defende Punições Mais Rígidas para Combate a Incêndios
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) emitiu uma nota reforçando seu compromisso com a preservação das florestas e demais formas de vegetação no Brasil, anunciando uma nova estratégia para aprovar projetos de lei que endureçam as penalidades para crimes de incêndio criminoso. Essa ação é especialmente voltada contra aqueles que provocam devastação em plantações e áreas naturais, respondendo aos prejuízos significativos que o setor agropecuário tem sofrido, com perdas que já ultrapassam R$ 1 bilhão em alguns estados. Os projetos de lei 3304/24, 3311/24, 3300/24 e 3299/24, todos apoiados integralmente pela FPA, são vistos como cruciais para combater de maneira eficaz os crimes de incêndio. Essas propostas legislativas visam a proteção do setor agropecuário, que tem sido gravemente afetado pelas queimadas, frequentemente intensificadas por condições climáticas adversas, como o clima seco. A aprovação desses projetos é considerada uma prioridade para garantir a sustentabilidade e a segurança das atividades agrícolas no país. Em sua nota oficial, a FPA ressaltou a importância de aumentar a conscientização pública, tanto nas áreas rurais quanto urbanas, sobre os perigos do uso inadequado do fogo e as consequências devastadoras que podem advir dessa prática. A Frente defende a criação de um plano de ação coordenado pelo Executivo Federal, em colaboração com estados e municípios, para enfrentar essa questão de forma eficaz e duradoura. A FPA também destacou a paralisação de mais de 200 dias dos servidores do Ministério do Meio Ambiente, mesmo diante dos alertas emitidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sobre o risco elevado de incêndios. A Frente enfatizou a necessidade de ações concretas e imediatas para mitigar os riscos e garantir que os verdadeiros responsáveis pelos incêndios criminosos sejam punidos. Por fim, a FPA chamou a atenção da imprensa para seu papel fundamental na cobrança de medidas efetivas por parte das autoridades. A Frente pediu que a mídia evite a disseminação de narrativas distorcidas e assegure que os culpados pelos incêndios sejam devidamente responsabilizados. A FPA reafirmou que nenhum produtor rural tem interesse em destruir o que cultiva, reforçando seu compromisso com a preservação ambiental e a segurança do setor agropecuário.
Floricultura Surge como Opção de Diversificação para Agricultura Familiar
Em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Emater/RS-Ascar está apresentando no seu espaço na 47ª Expointer o projeto “Flores para Todos”. No setor de Plantas e Flores Ornamentais, o projeto destaca cinco espécies de flores de corte: gladíolo, ornithogalum, dália, girassol de corte e statice. Essas flores não só embelezam o ambiente, mas também representam uma oportunidade de diversificação e geração de renda para os agricultores familiares. José Gabriel Cabrera, extensionista da UFSM, ressalta a importância de integrar os agricultores familiares a essa iniciativa, destacando o valor emocional que ela agrega. “O Projeto Flores para Todos, em parceria com a Emater, tem o objetivo de auxiliar os produtores na geração de renda com o cultivo de flores de corte, especialmente para datas comemorativas como o Dia das Mães e o Dia dos Pais. Nessas ocasiões, a troca de flores simboliza afeto, carinho e paixão, o que enriquece a vida tanto de quem dá quanto de quem recebe”, explica Cabrera. Além das flores de corte, a parcela dedicada ao projeto na Expointer apresenta outras alternativas para geração de renda e valorização das propriedades rurais. O cultivo de plantas e flores ornamentais, tanto para ambientes internos quanto externos, é uma dessas alternativas, oferecendo aos agricultores familiares uma maneira de diversificar suas atividades e aumentar seu sustento. A 47ª Expointer, que se estende até o dia 1º de setembro, oferece ao público a oportunidade de explorar a temática das Plantas e Flores Ornamentais no espaço da Emater/RS-Ascar. Durante todo o período da feira, os visitantes podem conhecer mais sobre as possibilidades de cultivo e comercialização, além de apreciar a beleza das espécies expostas. O projeto “Flores para Todos” destaca-se como uma iniciativa que une sustentabilidade, geração de renda e o fortalecimento dos laços familiares por meio do cultivo de flores.
HedgePoint Revisa para Baixo Estimativa de Produção de Cana-de-Açúcar
A HedgePoint Global Markets revisou sua previsão para a produção de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil para a safra 2024/2025, reduzindo a estimativa para 614 milhões de toneladas. Essa revisão reflete mudanças significativas no mercado, influenciadas por eventos recentes, como as queimadas na região. Embora esses eventos tenham fornecido suporte de curto prazo, a expectativa é que os preços não retornem aos altos níveis registrados em dezembro do ano passado. Em comparação com o período anterior, os fluxos comerciais permanecem mais estáveis, o que sugere uma relativa tranquilidade no mercado. A semana passada foi marcada por uma queda nos preços, em parte devido ao posicionamento especulativo e à visão otimista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A perspectiva positiva da Conab gerou expectativas de uma correção nos indicadores de Teor de Açúcar por Hectare (TCH) e na moagem, o que pressionou os preços para o patamar mais baixo de 17,5 centavos por libra-peso. No entanto, as queimadas na região Centro-Sul contribuíram para uma recuperação dos preços, que subiram para 19 centavos por libra-peso. O relatório da HedgePoint analisa diversos cenários possíveis para o mercado durante o período de entressafra, levando em conta o impacto de fatores climáticos e econômicos. Uma premissa importante destacada no relatório é a previsão de um leve aumento na produção de cana para a safra 2025/2026. Esse crescimento é fundamentado nas previsões meteorológicas preliminares, que indicam condições favoráveis para o cultivo. Dessa forma, apesar das dificuldades enfrentadas no curto prazo, o mercado de cana-de-açúcar pode ver uma recuperação gradual nos próximos anos, dependendo da evolução das condições climáticas e dos ajustes no setor produtivo. O relatório também sugere que os produtores e investidores devem permanecer atentos às mudanças no ambiente macroeconômico e climático, que continuarão a influenciar as dinâmicas de oferta e demanda no setor.
Agricultura: Área Plantada de Arroz Deve Crescer 5,3% na Próxima Safra
O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apresentou na última segunda-feira (26) as estimativas para a safra de arroz 2024/2025 no Rio Grande do Sul. Durante o “Dia do Arroz” na 47ª Expointer, foram divulgadas as projeções que indicam um aumento significativo na área plantada para a próxima safra. O estado deverá semear 948.356 hectares, o que representa um crescimento de 5,3% em relação à safra anterior, quando foram plantados 900.203 hectares. Esse aumento corresponde a um acréscimo de 48.153 hectares, com destaque para algumas regiões específicas. As regiões da Planície Costeira Interna e da Zona Sul se destacam nesse crescimento. A Planície Costeira Interna deverá expandir sua área plantada em 8,2%, o que equivale a mais 10.907 hectares. Já a Zona Sul deve registrar uma elevação de 7,5%, com um aumento de 11.668 hectares. Essas informações foram fornecidas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul. No entanto, nem todas as regiões seguirão essa tendência de crescimento. A Planície Costeira Externa, por exemplo, é a única região que deverá registrar uma redução na área plantada, com uma diminuição de 0,6%, o que significa 600 hectares a menos. Em contrapartida, a Fronteira Oeste deve ampliar sua área plantada em 6,7%, correspondendo a um acréscimo de 17.640 hectares. A região Central também deverá ver um aumento de 6,5%, com mais 7.753 hectares plantados. Em relação à soja cultivada em várzeas, o levantamento do Irga aponta uma tendência oposta, com uma queda de 4,3% na área plantada, totalizando 403.941 hectares em comparação com a safra passada. A região Central foi a que mais se destacou, com um aumento expressivo de 110% na área plantada, o que representa mais 25.714 hectares. Por outro lado, a maior redução foi observada na Fronteira Oeste, onde a área plantada diminuiu 40,5%, resultando em 20.278 hectares a menos. Ainda durante a coletiva de imprensa, a diretora técnica do Irga, Flávia Tomita, apresentou os números finais da safra 2023/2024. O Rio Grande do Sul produziu 7.198.527 toneladas de arroz em 900.203 hectares, com uma produtividade média de 8.387 quilos por hectare. A área perdida foi de 46.991 hectares, o que equivale a 5,22% da área total plantada. Esses dados foram coletados pelo Departamento Técnico do Irga (Dater), em colaboração com os núcleos da autarquia e orizicultores espalhados pelo interior do estado. Essas informações são fundamentais para entender o panorama da produção de arroz no Rio Grande do Sul e as expectativas para a próxima safra.
Mercado Pecuário: Aumento nas Cotações de Fêmeas e Popularidade do ‘Boi China?
Na última semana, o mercado pecuário registrou uma alta significativa nas cotações de fêmeas e do “boi China”, impulsionada principalmente pela redução na oferta, especialmente de fêmeas, e pela diminuição das escalas de abate, que atualmente atendem, em média, a nove dias. Nesse cenário, a arroba da vaca apresentou um aumento de R$4,00, enquanto a novilha teve uma alta de R$3,00/@. Apesar dessas elevações, a cotação do boi gordo permaneceu estável, sem variações durante o período. O “boi China”, por sua vez, também registrou uma alta, com incremento de R$2,00/@. A análise aponta que, no estado de Goiás, esse cenário de alta nas cotações foi igualmente observado. As escalas de abate na região estão atendendo entre sete e oito dias, com uma oferta mais restrita. Em Goiânia, a cotação do boi gordo subiu R$1,00/@, enquanto a cotação do “boi China” manteve-se estável, após ter registrado um aumento de R$3,00/@ na última segunda-feira. No estado do Rio de Janeiro, entretanto, os preços das diversas categorias se mantiveram estáveis, sem alterações significativas no período analisado. No que diz respeito às exportações de carne bovina in natura, até a quarta semana de agosto, o volume exportado alcançou 164,1 mil toneladas, com uma média diária de 9,6 mil toneladas. Esse desempenho representa um aumento de 19,8% em relação à média diária registrada no mesmo período de 2023. No entanto, o preço médio por tonelada teve uma queda de 1,3% em comparação com o ano passado, fixando-se em US$4,5 mil. Este panorama reflete a dinâmica atual do mercado pecuário, destacando a influência das variações na oferta e na demanda, tanto no mercado interno quanto no cenário de exportações, sobre as cotações das diferentes categorias de bovinos.