No dia 20 de outubro, a cidade de Limoeiro do Norte, no coração do Vale do Jaguaribe, será palco de um evento inédito: a Primeira Corrida do Agro. A iniciativa, que une a valorização do agronegócio com a promoção da saúde e do bem-estar, faz parte das comemorações ao Dia do Engenheiro Agrônomo, celebrado anualmente no dia 12 de outubro. Um Marco para o Agronegócio no Vale do JaguaribeO Vale do Jaguaribe é uma das regiões mais produtivas do Ceará, com destaque na fruticultura, pecuária e diversas outras atividades agrícolas. A realização da Primeira Corrida do Agro em Limoeiro do Norte é um reconhecimento da importância do setor para a economia local e regional. A corrida promete reunir produtores, engenheiros agrônomos, estudantes, e toda a comunidade em uma celebração que vai além do esporte.“A corrida não é apenas uma atividade física, mas uma forma de integrar e valorizar todos aqueles que contribuem para o desenvolvimento do agronegócio no Vale do Jaguaribe. É uma oportunidade de reforçar a união entre os profissionais do setor e a comunidade em geral”. Saúde e Bem-Estar no Centro das AtençõesAlém de enaltecer o agronegócio, a Primeira Corrida do Agro também tem como objetivo promover o bem-estar e a saúde. O evento contará com percursos adaptados para diferentes níveis de condicionamento físico, desde iniciantes até corredores mais experientes. A prática regular de atividade física é essencial para uma vida saudável, e o agronegócio, enquanto setor que cuida da alimentação e do sustento da população, também abraça a causa do bem-estar. A corrida será um momento de confraternização, incentivando hábitos saudáveis entre os participantes. Comemorações ao Dia do Engenheiro AgrônomoA escolha da data para a realização da corrida não é por acaso. O evento integra a agenda de comemorações ao Dia do Engenheiro Agrônomo, profissão fundamental para o avanço do agronegócio no Ceará e no Brasil. Esses profissionais, que atuam no desenvolvimento de novas tecnologias, na sustentabilidade das produções e na qualidade dos alimentos que chegam à mesa, serão homenageados durante o evento.A expectativa é que a Primeira Corrida do Agro se torne um evento anual, consolidando-se como um símbolo de união entre o setor agropecuário e a comunidade, sempre com foco na valorização do agronegócio e na promoção da saúde. Inscrições AbertasOs interessados em participar da Primeira Corrida do Agro já podem se inscrever através do link do evento As vagas são limitadas, e todos os participantes receberão um kit especial, incluindo camiseta e medalha de participação.Este é um evento para toda a família, onde esporte, saúde e o agronegócio caminham juntos para fortalecer ainda mais o Vale do Jaguaribe. Participe!
Por que o Nordeste é o principal polo de energia eólica no Brasil?
O Brasil possui um enorme potencial para o desenvolvimento da energia eólica, mas essa capacidade não está distribuída de forma homogênea pelo território nacional. O Nordeste se destaca como a principal região responsável pela geração de energia a partir dos ventos. O Nordeste concentra 93% da capacidade eólica do Brasil.Para se ter uma ideia, em apenas um minuto do dia 23 de julho, a energia eólica foi capaz de gerar 150% de toda a demanda da região. Esse feito estabeleceu um novo recorde para a geração de energia pelas torres eólicas nos nove estados nordestinos. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 93% da capacidade eólica instalada no Brasil está localizada no Nordeste.
Nordeste inaugura a primeira ordenha robotizada; será a região a nova bacia leiteira?
Na cidade de Mata de São João, na Bahia, a 70 km de Salvador, está em andamento um projeto inovador na Fazenda Haras Tripuí: a implantação da primeira ordenha robotizada do Nordeste. A região tem se destacado cada vez mais no cenário nacional de produção de leite. Em 2022, foram produzidos 5,7 bilhões de litros, representando 16,5% do total nacional, segundo dados do IBGE, reforçados no episódio mais recente do Leite Futuro (EP08). Atualmente, o Nordeste é a terceira maior região produtora de leite do Brasil. O projeto na Fazenda Haras Tripuí é liderado pelo Engenheiro Agrícola Andrew Jones, formado pela Universidade Federal de Pelotas, com 40 anos de experiência no agronegócio e na gestão de fazendas. Andrew fundou a AJAgro, empresa responsável por desenvolver o projeto na Fazenda Haras Tripuí e por outros empreendimentos na região Nordeste, além de atuar em todo o país. O setor leiteiro no Nordeste Desde 2010, Andrew tem focado no desenvolvimento da cadeia leiteira no Nordeste. Através da AJAgro, ele liderou um projeto em uma fazenda escola em Bom Conselho, entre o Agreste e o Sertão de Pernambuco. O objetivo era capacitar produtores de Alagoas e Pernambuco, combinando teoria e prática em atividades diárias de uma fazenda leiteira, como boas práticas de ordenha, qualidade do leite, nutrição, manejo reprodutivo e sanitário. “A fazenda se tornou uma referência, servindo de modelo para outras propriedades. Levávamos especialistas em silagens e outros temas, além de profissionais do Sul e Sudeste para palestras”, comenta Andrew. Após essa experiência, ele continuou a prestar consultorias pelo Sertão do Nordeste e em outras fazendas do Brasil. Andrew observa que a região Nordeste, embora ainda carente de tecnologia, está avançando. Apesar dos desafios, como a produção de volumoso e secas severas, os produtores locais têm mostrado grande interesse em melhorar suas propriedades. A conservação de alimentos, como pré-secado, silagem e feno, tem sido crucial para superar essas dificuldades. Segundo Andrew, há um rebanho geneticamente qualificado na região, fruto da melhoria na produção de volumoso. Ele destaca que o Nordeste está crescendo com projetos maiores e mais tecnificados, tanto de investidores quanto de produtores locais, o que tem aumentado a produção de leite, tanto em volume total quanto em produtividade individual das fazendas. Um dos polos de destaque é o Ceará, onde a pecuária leiteira tem adotado tecnologias em grande escala, um cenário que está se espalhando pelo interior do estado. A produção de leite no Nordeste ocorre principalmente no interior e Sertão, onde o clima é semiárido, e não na Zona da Mata, região litorânea. A primeira ordenha robotizada do Nordeste O projeto na Fazenda Haras Tripuí começou há cerca de dois anos. Na época, a propriedade tinha um pequeno rebanho alimentado com silagem de capiaçu e ainda não possuía sistema de ordenha. Para capacitar todos os envolvidos no projeto, foi criada a “escolinha de aprendizado”, que começou com a ordenha balde ao pé e 7 vacas em lactação. O objetivo era ensinar desde os processos de ordenha até a criação de bezerras, manejo sanitário e reprodutivo. Nesses dois anos, a fazenda focou na produção de silagem, acumulando 2,6 mil toneladas armazenadas para o rebanho em formação. Inicialmente, o projeto previa a instalação de um sistema de ordenha canalizado, devido à falta de serviços especializados em ordenha robotizada na região. No entanto, Andrew conseguiu, através de uma empresa de ordenhas, treinar uma equipe em Feira de Santana/BA para oferecer suporte na ordenha robotizada, permitindo a reconfiguração do projeto para iniciar a produção com dois robôs de ordenha.