O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, participou do Simpósio de Desenvolvimento Regional com Redução da Pobreza Rural – Ideias e Práticas de Pedro Sisnando Leite, realizado na terça-feira (6). Durante o painel “Uma nova abordagem para o desenvolvimento regional com redução da desigualdade”, Silveira discutiu como a inovação pode transformar o meio rural cearense. Ele ressaltou o uso de tecnologias para aumentar a produtividade por hectare, resultando em maior renda para os produtores rurais. Apresentou dados sobre o potencial do Ceará para culturas como o algodão de fibra longa, que possui maior valor agregado, e enfatizou a importância de incentivar a agroindústria. O simpósio também contou com palestras dos pesquisadores israelenses Raphael Bar-El, professor emérito da Universidade Ben-Gurion, e Dafna Schwartz, do Centro Acadêmico Peres. O evento foi encerrado com a entrega da Medalha Pedro Sisnando Leite ao ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, pela Faec, em reconhecimento à sua contribuição para o desenvolvimento do Estado. O Simpósio Ideias e Práticas de Pedro Sisnando Leite foi organizado pela Academia Cearense de Economia (ACE) e pela Academia Cearense de Ciências (AECI), com o apoio do Sistema Faec/Senar/Sinrural, Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Banco do Nordeste e Governo Federal. O evento ocorreu na Fiec.
Inquérito Soroepidemiológico Confirma Ceará Livre de Febre Aftosa
Com o objetivo de criar e manter condições sustentáveis para garantir que o Ceará mantenha o status de Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, a Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri) concluiu o inquérito soroepidemiológico em propriedades rurais com criações de bovinos. Após análises laboratoriais realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) e acompanhamento dos animais nas propriedades, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) comunicou que todos os animais testados não apresentaram a presença do vírus da febre aftosa. Isso demonstra a ausência da doença nas populações amostradas e comprova a inexistência da doença no estado. “Após análises laboratoriais do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) e acompanhamento dos animais nas propriedades, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) comunicou que todos os animais testados não possuem presença do vírus da febre aftosa, demonstrando a ausência da doença nas populações amostradas, comprovando a ausência da doença no estado”, destaca o gerente de Emergência e Informação Sanitária da Adagri, David Caldas. As atividades de vigilância foram realizadas pelos auditores e agentes fiscais da Adagri, entre os meses de maio a julho, como parte do Plano de Vigilância do Programa Nacional para Febre Aftosa, alinhado com o Código Sanitário para Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Ao todo, 1.126 animais foram testados em 97 propriedades selecionadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em diversos municípios do estado. Os animais foram avaliados clinicamente, identificados individualmente e tiveram amostras de sangue coletadas. “O tamanho da amostra teve o objetivo de detectar a transmissão do vírus da febre aftosa com nível de confiança de 95%, por meio da aplicação de testes de diagnóstico laboratorial de alta sensibilidade, 90% e especificidade de 100%”, conclui David Caldas. Essa iniciativa reflete o compromisso contínuo do Ceará em manter a segurança sanitária de seus rebanhos, protegendo a economia local e garantindo a saúde dos animais. A Adagri continuará a realizar ações de vigilância e prevenção, colaborando com as diretrizes do Programa Nacional para Febre Aftosa e promovendo um ambiente seguro e livre da doença no estado.
Produtor rural brasileiro é um dos principais guardiões do meio ambiente?
Estudos comprovam que as áreas preservadas dentro das propriedades rurais no Brasil somam um valor patrimonial estimado de impressionantes R$ 3 trilhões. Isso reflete o compromisso e o esforço dos produtores rurais na proteção de nossos recursos naturais. Dados reveladores: Vamos valorizar quem cuida da nossa terra! O produtor rural brasileiro é um verdadeiro herói da preservação ambiental, garantindo um futuro mais verde e sustentável para todos nós.
Pecuaristas Mantêm Vantagem na Disputa pelos Melhores Preços do Boi Gordo
A tentativa de redução dos preços da arroba tem sido ineficaz, pois as exportações de carne bovina seguem fortes, estimulando a busca pela matéria-prima”, relatam os analistas. Embora os frigoríficos brasileiros continuem se esforçando para reverter a tendência de alta, os preços do boi gordo seguem firmes na maioria das praças pecuárias, mantendo o viés de alta, relatam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Nesta segunda-feira (5/8), segundo apurou a Scot Consultoria, nas praças paulistas, as cotações dos animais terminados se mantiveram firmes, com o boi gordo “comum” valendo R$ 227/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 202/@ e R$ 217/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” (base SP) está cotado em R$ 230/@, com ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”. Ao longo da última semana, os preços do boi gordo permaneceram aquecidos nas principais regiões brasileiras. Destaque para o Mato Grosso do Sul, que registrou aumento de 2,1% na comparação semanal, encerrando o período com média de R$ 228,36/@, de acordo com dados da Agrifatto. O indicador próprio da consultoria (baseado em 17 praças brasileiras) apresentou um acréscimo de 1,2% na comparação com a semana anterior, apresentando um valor médio de R$ 230,42/@. Por sua vez, o indicador Cepea (praça paulista) registrou um aumento semanal de 0,55%, fechando o período em R$ 232,51/@. “A tentativa de redução dos preços da arroba tem sido ineficaz, pois as exportações de carne bovina seguem fortes, estimulando a busca pela matéria-prima (boiadas gordas)”, relatam os analistas de mercado. Na avaliação da consultoria, essa recuperação do boi gordo também está atrelada à redução na oferta de animais terminados, principalmente à diminuição na disponibilidade de vacas de descarte, que foram protagonistas nos abates durante o primeiro semestre deste ano. “Mesmo aumentando o preço pago pelo boi gordo, as programações de abate das indústrias brasileiras não evoluem”, afirma a Agrifatto, acrescentando que as escalas seguem estabilizadas há quatro semanas – em 9 dias úteis, na média nacional. Ou seja, ainda há um certo conforto nas escalas das indústrias, mas é nítido as dificuldades seguem tendo para alongar suas programações. Positivo também na B3 No mercado futuro, os contratos do boi gordo seguiram o mesmo caminho do mercado físico e apresentaram variações positivas para todos os vencimentos na última semana. O papel com vencimento em outubro/24 (com maior liquidez, pico da entressafra) registrou alta 1,21% e encerrou a semana em R$ 242,40/@. Maior Competitividade A Agrifatto destaca o ganho de competitividade que o boi gordo brasileiro tem adquirido devido à desvalorização cambial registrada nas últimas semanas. O dólar fechou a última quinta-feira (01/08/24) a R$ 5,75, o maior nível de fechamento desde o dia 09/03/21, recorda a consultoria. Quando a moeda norte-americana se valoriza frente ao real, os exportadores brasileiros tendem a receber mais reais por cada dólar obtido nos embarques, melhorando suas margens. Além disso, o preço da commodity brasileira fica mais competitivo no mercado internacional, pois as indústrias podem promover mais descontos aos compradores. Segundo dados da Agrifatto, o boi gordo, em dólares, está valendo em torno de US$ 40/@, um dos menores níveis desde maio/20 e também o menor preço entre os grandes exportadores de proteína bovina do mundo. Diante de tal cenário, diz a Agrifatto, é de esperar que haja espaço para que o preço do boi gordo consiga se valorizar ainda mais no Brasil, já que ele está muito barato no mercado internacional. “Considerando que o Brasil detém hoje o boi gordo mais barato do mundo e que há uma diferença de quase US$ 6/@ para o segundo boi mais barato (Paraguai), projetar uma alta de US$ 3/@ (ou seja, um boi gordo de US$ 43,80/@), com um câmbio de R$ 5,70, resultaria num valor de arroba em São Paulo de R$ 249,66/@”, simula a Agrifatto. Tal preço almejado significaria uma valorização de 7% frente os valores atuais do boi gordo (base SP), mas que está projetada pelo mercado futuro (B3) somente para janeiro/25. “Não é possível cravar que isso irá ocorrer, no entanto, há espaço claro para que a indústria faça alguns reajustes no preço da arroba”, analisa a Agrifatto. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última quinta-feira (1/8):