Essa medida, proposta pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiada pelo Ministério da Fazenda (MF) e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em março, estabelece o prazo limite para repactuação até 31 de maio. A iniciativa permite que as instituições financeiras adiem ou parcelam os débitos que venceriam em 2024 para produtores de soja, milho e pecuária leiteira e de corte. É necessário que as operações estejam em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023. Esta resolução é uma resposta às condições climáticas desfavoráveis e à queda nos preços globais que impactaram negativamente algumas lavouras na safra 2023/2024. “Problemas climáticos e preços achatados trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Para acessar a renegociação, os produtores devem apresentar um laudo do engenheiro agrônomo contextualizando a situação ao seu agente financeiro. A renegociação abrange operações de investimento que podem chegar a R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios. Se todas as parcelas forem prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, compartilhados entre agricultura familiar e empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores destinados à equalização de taxas dos planos safra 2024/2025. As atividades e os estados impactados pela medida incluem: – Soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso; – Bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais; – Soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina; – Bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins; – Soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul; – Bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro. Essa medida visa garantir a estabilidade financeira dos produtores rurais e fortalecer o setor agropecuário, fundamental para a economia do país.
Ceará Antecipa Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa de 2024 em Resposta a Pedido da Faec
O período para aquisição das vacinas nas revendas autorizadas teve início nesta segunda-feira (15) e se estenderá até o dia 30 de abril. A declaração da vacinação junto à Adagri deve ser realizada até o dia 15 de maio. O objetivo principal é que o Ceará alcance um índice de vacinação superior a 90% do rebanho, visando obter o status de Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. “Hoje ainda importamos carne de outros estados. Queremos que, além da autossuficiência, possamos exportar nossa carne para outras unidades da Federação. E para alcançar esse objetivo, o primeiro passo é tornar o Ceará livre da febre aftosa sem vacinação”, ressalta o presidente da Faec, Amílcar Silveira. Segundo informações da Adagri, a vacinação deve abranger bovinos e bubalinos de todas as idades, totalizando aproximadamente 2,7 milhões de animais em todo o Estado. A declaração pode ser realizada de forma virtual, por meio do site da Adagri (www.adagri.ce.gov.br), ou presencialmente em um dos 40 Núcleos Locais da Adagri (NL) ou nos escritórios parceiros da Campanha. Esta iniciativa busca garantir a segurança sanitária do rebanho cearense e fortalecer o setor agropecuário do estado em direção à sua inserção nos mercados nacional e internacional.
Inovações Tecnológicas Impulsionam a Produção de Banana no Ceará
Com o objetivo de aumentar a eficiência e a qualidade dos cultivos, os produtores estão adotando novas técnicas e tecnologias em todas as etapas do processo produtivo. Uma dessas inovações é a implementação de sistemas de monitoramento climático em tempo real, que permitem aos agricultores antecipar e mitigar os impactos de condições climáticas adversas, como chuvas intensas e períodos de seca. Além disso, a utilização de drones equipados com câmeras de alta resolução está auxiliando no mapeamento das plantações, permitindo uma gestão mais precisa e eficiente dos recursos. Outra frente de inovação é a introdução de variedades de banana mais resistentes a pragas e doenças, bem como adaptadas às condições climáticas locais. Essas novas variedades não só aumentam a produtividade, mas também reduzem a necessidade de uso de agroquímicos, promovendo uma agricultura mais sustentável e amiga do ambiente. Com essas inovações, a produção de banana no Ceará está se tornando mais competitiva e sustentável, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do estado. Através do compartilhamento desta notícia, você pode ajudar a promover essas iniciativas e valorizar o trabalho dos agricultores cearenses na busca por uma agricultura mais tecnológica e sustentável.
Comitiva da Faec Explora Projeto de Irrigação com Água Salobra na Califórnia
Os 25 participantes da comitiva visitaram o Laboratório de Salinidade do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Riverside, Sul da Califórnia, onde especialistas compartilharam conhecimentos sobre solos e águas com alto teor de sais, além de apresentarem soluções tecnológicas e científicas para o cultivo nessas áreas. Diante da escassez de água, a região enfrenta desafios semelhantes aos do semiárido cearense. O secretário Executivo do Agronegócio do governo do Ceará, Sílvio Carlos Ribeiro, ressaltou a relevância das pesquisas do USDA para superar limitações como a salinidade da água, citando uma forrageira desenvolvida pelo laboratório. Além da visita ao laboratório, a missão da Faec também incluiu uma inspeção a uma fazenda de citrus em Riverside e uma exploração de uma plantação de abacate da variedade Luna, conhecida pelo alto valor agregado. Essas experiências têm como objetivo fortalecer o intercâmbio técnico-científico e buscar soluções para os desafios enfrentados pela agricultura no Ceará.
Cogerh Confirma Transferência de Água do Pacajus para o Pacoti Após Período de Silêncio
Líderes da agropecuária cearense expressaram preocupação com a falta de resposta do Palácio da Abolição em relação à transferência de águas do Pacajus para o Pacoti. Após quatro meses sem esclarecimentos, a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) esclareceu a questão. Desde novembro de 2023, a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), vinculada à SRH do Governo do Ceará, vem realizando a transferência de água do açude Pacajus para o açude Pacoti. Essa iniciativa, essencial para o abastecimento de Fortaleza e região, foi destacada como de suma importância para os empresários do setor agropecuário, que dependem inteiramente do acesso à água. A falta de resposta das autoridades estaduais levou à preocupação dos líderes do setor agropecuário, que, até então, não tinham conhecimento da transferência. A Cogerh foi elogiada pela iniciativa, que demonstra comprometimento com a gestão eficiente dos recursos hídricos da Região Metropolitana de Fortaleza. No entanto, a ausência de comunicação direta por parte do Palácio da Abolição levantou questionamentos sobre a transparência e o diálogo com os setores produtivos do estado. Apesar disso, o rápido esclarecimento fornecido pelo secretário Executivo da SRH dissipou as dúvidas e trouxe alívio aos envolvidos. É fundamental que haja canais de comunicação eficazes entre o governo e os representantes do setor agropecuário, garantindo uma relação saudável e transparente. A participação do governador Elmano de Freitas em eventos do setor, como o Pecnordeste, demonstra o compromisso com o desenvolvimento econômico do estado. Apesar das dificuldades passadas, a relação entre o governo e as entidades empresariais tem se mostrado positiva, e espera-se que continue assim, com diálogo aberto e soluções colaborativas para os desafios enfrentados pela agricultura e pecuária cearenses.