Brasil publica zoneamento completo para cultivo do abacaxi
O zoneamento climático do abacaxi agora cobre todos os municípios do Brasil, orientando o produtor com base em dados científicos atualizados até 2022. A nova versão, desenvolvida pela Embrapa e publicada pelo Ministério da Agricultura (Mapa), oferece diretrizes técnicas para reduzir riscos climáticos e garantir colheitas mais seguras e produtivas.
Desde o início, a ferramenta se destaca por classificar o risco climático em três níveis (20%, 30% e 40%). Esses percentuais se aplicam às quatro fases do desenvolvimento do abacaxi: implantação, crescimento vegetativo, floração e colheita.
Ferramenta aprimora planejamento e reduz perdas
Além disso, o zoneamento climático do abacaxi atualizou as classes de solo. Agora são seis faixas distintas de capacidade de armazenamento de água, indo de 34 a 184 mm por metro. Essa mudança permite análises mais precisas, especialmente em solos mais vulneráveis a encharcamento ou baixa retenção hídrica.
Consequentemente, os produtores conseguem seguir um calendário de plantio mais adequado. Isso reduz as perdas e melhora o rendimento da lavoura, principalmente em regiões como o Semiárido.
Zoneamento apoia crédito e gestão de risco
Ainda mais relevante, o zoneamento passou a considerar as principais variedades cultivadas no país, divididas em dois grupos: os mais rústicos (como ‘Pérola’ e ‘Turiaçu’) e os mais sensíveis (como ‘BRS Imperial’).
Além disso, o uso da ferramenta é condição obrigatória para acesso a políticas públicas como o Proagro e o Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR). Assim, o produtor garante apoio financeiro e melhor gestão de riscos agroclimáticos.
Validação técnica e acesso gratuito
Atualmente, o zoneamento climático do abacaxi pode ser consultado gratuitamente pelo aplicativo Zarc Plantio Certo (Android e iOS) ou no site do Mapa.
Portanto, o Zarc é essencial para o futuro da fruticultura no Brasil. Ele fortalece a segurança alimentar, a sustentabilidade e a tomada de decisões técnicas no campo.