Tarifa dos EUA pode gerar prejuízo bilionário
A nova tarifa dos EUA sobre o suco de laranja brasileiro, com alíquota de 50%, deve entrar em vigor em 1º de agosto de 2025. O impacto estimado, segundo a CitrusBR, pode chegar a R$ 4,3 bilhões por safra.
De acordo com a entidade, o aumento representa 456% sobre os impostos pagos na safra anterior, que somaram US$ 142,4 milhões. Hoje, o Brasil paga tarifa fixa de US$ 415 por tonelada.
Brasil pode perder espaço no mercado americano
Com essa tarifa dos EUA, o custo das exportações ao segundo maior mercado do setor sobe consideravelmente. Mesmo que a nova alíquota substitua a taxa extra de 10%, o prejuízo ainda será alto.
Conforme os dados da Secex, os Estados Unidos compraram 307 mil toneladas de suco brasileiro em 2024/25. Isso gerou US$ 1,31 bilhão em receita e representou 41,7% das exportações do setor.
Liderança brasileira no mercado global está em risco
Atualmente, o Brasil domina 70% das exportações globais de suco de laranja concentrado e congelado. Essa liderança resulta de décadas de investimento em tecnologia e produtividade.
Ainda assim, a tarifa dos EUA pode reduzir drasticamente a competitividade brasileira. Isso porque não há outro mercado com capacidade de absorver o volume exportado aos americanos.
Diversificação de mercados exige tempo e estratégia
Embora o setor busque alternativas como Japão, Canadá e Oriente Médio, nenhum desses destinos substitui, a curto prazo, a demanda dos EUA e da Europa.
Portanto, a nova tarifa dos EUA representa um desafio urgente para toda a cadeia produtiva do suco de laranja no Brasil.