A tarifa do agro brasileiro chegou ao fim. Após 111 dias de restrições, os Estados Unidos decidiram remover a tarifa de 40% sobre produtos agrícolas brasileiros, reabrindo o mercado para carne bovina, café, cacau e frutas tropicais.
O decreto foi assinado pelo presidente Donald Trump em 20 de novembro e tem efeito retroativo a 13 de novembro. Ele determina o reembolso das tarifas cobradas desde essa data. Essa decisão marca um importante avanço comercial e simboliza uma nova fase nas relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos.
Diplomacia garante o fim da tarifa do agro brasileiro
A reversão da medida foi resultado de intensas negociações diplomáticas conduzidas pelo Itamaraty e pelo governo brasileiro. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o decreto menciona a conversa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, que abriu espaço para o entendimento entre as equipes dos dois países.
O presidente Lula classificou a decisão como “um passo na direção certa” e uma vitória do diálogo e do bom senso. Ele destacou que o Brasil enfrentou as pressões com serenidade e defendeu seus interesses de forma madura.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o foco deve estar no fortalecimento das cadeias produtivas, e não em disputas comerciais.
A tarifa do agro brasileiro também vinha pressionando os preços internos nos Estados Unidos. Por isso, a suspensão ajuda a conter a inflação de alimentos, beneficiando diretamente consumidores e importadores.
Impactos imediatos para o agronegócio brasileiro
O anúncio foi recebido com entusiasmo pelas principais entidades do agronegócio. Para a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), a medida confirma a eficácia do diálogo técnico e reforça a competitividade do Brasil no mercado americano.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirmou que a mudança representa um “avanço concreto” na agenda comercial bilateral. Segundo ele, o Brasil volta a se consolidar como grande parceiro estratégico dos EUA.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Pavel Cardoso, também celebrou a conquista. Ele destacou que a eliminação da tarifa do agro brasileiro garante taxa zero para o café e favorece a expansão dos cafés industrializados no varejo americano.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), por sua vez, ressaltou o trabalho conjunto com a Associação Nacional do Café dos EUA (NCA). As duas entidades atuaram em parceria para fortalecer as negociações e viabilizar a reabertura do mercado.
Carne e café lideram a retomada das exportações
Com o fim da tarifa do agro brasileiro, os setores de carne bovina e café devem registrar crescimento imediato nas exportações. Analistas preveem aumento de contratos, novos investimentos e maior previsibilidade no fluxo comercial.
Segundo o Cecafé, a remoção das tarifas permitirá ampliar a presença do café brasileiro nos Estados Unidos. Isso beneficiará toda a cadeia produtiva — desde pequenos produtores até grandes exportadores.
O setor de carne também tende a ganhar espaço. O Brasil volta a competir em igualdade de condições com outros fornecedores internacionais. Dessa forma, o impacto positivo deve se refletir na geração de empregos e no aumento da renda no campo.
Brasil e EUA reforçam parceria estratégica
A eliminação da tarifa do agro brasileiro representa mais que um alívio econômico. É um sinal de confiança mútua e cooperação entre as duas maiores economias do continente.
De acordo com o Itamaraty, o decreto reafirma o compromisso de ambos os países com o livre comércio e com a segurança alimentar global.
Para o Brasil, a medida é um incentivo à diversificação de exportações agrícolas e à consolidação do país como potência agroindustrial. Já para os Estados Unidos, significa estabilidade no abastecimento de alimentos e redução dos custos internos.
Assim, o acordo simboliza um novo capítulo no relacionamento comercial entre as duas nações, com benefícios diretos para produtores, consumidores e investidores.
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