Pesquisa e inovação fortalecem o cultivo de algodão no Cariri e abrem caminho para uma fibra de qualidade superior
A retomada do algodão no Ceará ganha força com o apoio de instituições estratégicas como Embrapa, FAEC, Senar, Sebrae e Senai. Esse movimento marca uma nova fase para a cotonicultura no estado, agora baseada em pesquisa, tecnologia e sustentabilidade.
Durante visita ao Campo Experimental da Embrapa Algodão, em Barbalha, pesquisadores destacaram o avanço de uma nova base tecnológica que promete revolucionar a produção. Diferente da era anterior — marcada pelos impactos do bicudo-do-algodoeiro —, o novo modelo prioriza redução de custos e aumento da rentabilidade. Assim, a produção se torna mais eficiente e viável para o produtor rural.
Embrapa lidera pesquisa e inovação na cotonicultura
Há mais de 25 anos, a Embrapa Algodão desenvolve pesquisas voltadas para o aumento da produtividade e da qualidade da fibra. O trabalho também busca adaptar o cultivo às condições de solo e clima do Cariri cearense.
Os resultados são claros: a fibra produzida no Ceará apresenta qualidade superior em comparação com outras regiões do país. Isso ocorre por causa da combinação entre solo fértil, alta luminosidade e temperatura ideal para o desenvolvimento do algodão.
Além disso, cultivares como a BRS 700 têm mostrado desempenho diferenciado e grande potencial para atender mercados premium de algodão de fibra longa, semelhantes ao algodão egípcio, reconhecido mundialmente pela resistência e maciez.
Indicação geográfica valoriza o algodão cearense
Com o apoio do Sebrae Ceará, a Embrapa trabalha na indicação geográfica de origem (IG) do algodão produzido no Cariri. Essa certificação garante o reconhecimento da qualidade e procedência do produto, agregando valor e fortalecendo sua identidade regional.
“A indicação geográfica é uma forma de valorizar o trabalho do produtor e destacar o Ceará no mapa da cotonicultura nacional”, afirmam especialistas da Embrapa.
Além disso, a certificação abre portas para novos mercados e atrai investimentos. Assim, o algodão cearense ganha visibilidade e passa a competir em nível nacional e internacional.
Parcerias estratégicas garantem sustentabilidade e crescimento
O sucesso da retomada do algodão no Ceará depende da união entre pesquisa, capacitação e mercado. Por isso, instituições como Embrapa, FAEC, Senar, Sebrae e Senai formam um ecossistema de inovação que acelera a transferência de tecnologia e fortalece a cadeia produtiva.
Essa colaboração garante que o conhecimento científico chegue até o campo, beneficiando produtores e modernizando o manejo agrícola. Dessa forma, a produção se torna mais sustentável e lucrativa.
“Estamos construindo uma nova base tecnológica, com foco em sustentabilidade, qualidade e rentabilidade. O algodão do Cariri tem tudo para se tornar referência no Brasil”, afirmam os pesquisadores da Embrapa.
Com fibra mais nobre e processos otimizados, o algodão cearense se consolida como símbolo de prosperidade e inovação agrícola no Nordeste.
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