Queda na produção de alimentos preocupa cientistas
De acordo com um estudo inédito publicado na Nature, a queda na produção de alimentos pode chegar a 40% nos Estados Unidos e Europa até o fim do século.
Para contextualizar, os pesquisadores analisaram mais de 12 mil regiões agrícolas em 55 países. O resultado mostra que as maiores potências agrícolas são as mais vulneráveis ao impacto das mudanças climáticas.
Aquecimento global afeta principais culturas
Além disso, os dados revelam que, a cada aumento de 1°C na temperatura global, a produção mundial de alimentos pode diminuir em média 120 calorias por pessoa por dia.
Consequentemente, isso representa 4,4% do consumo calórico atual. As culturas mais afetadas incluem milho, trigo e mandioca, especialmente em regiões como o cinturão agrícola dos EUA e a Ásia Central.
Regiões ricas enfrentam mais perdas
Por outro lado, regiões com clima atualmente favorável são justamente as que mais sofrem. Segundo o estudo, elas não estão preparadas para extremos de calor, o que agrava as perdas.
Em contrapartida, áreas mais quentes e com menor renda já adotaram estratégias de adaptação e convivem melhor com temperaturas elevadas e secas prolongadas.
Adaptação protege, mas não resolve
Contudo, mesmo com práticas adaptativas, as perdas permanecem significativas. A adaptação mitiga apenas um terço dos prejuízos previstos na produtividade agrícola global.
Ainda assim, o arroz aparece como uma das poucas culturas que devem manter a estabilidade de produção, apesar das adversidades climáticas.
Consequências econômicas e sociais são alarmantes
Além das perdas alimentares, os impactos econômicos também preocupam. O estudo estima que o custo social do carbono pode subir até US$ 49 por tonelada emitida.
Portanto, os resultados exigem ações urgentes para reduzir emissões e acelerar a inovação agrícola, especialmente com culturas mais resistentes ao calor e à seca.









