A inclusão de palestras técnicas nos encontros mensais do EPROCE tem propiciado não somente a disseminação de conhecimentos objetivos, mas também semeado a cultura analítica. Expandindo as reflexões além da percepção operacional no setor primário.
As discussões no EPROCE estão se ampliando e aprofundando, permitindo contemplações riquíssimas.
Nessa semana a constatação da decrescente oferta de mão de obra, em algumas regiões inviabilizando a produção nas propriedades, foi bastante positiva.
Ficou evidenciado que o assistencialismo vicia no comodismo tanto quanto o fisiologismo. Criando castas sociais ineficientes e dependentes das benesses do Estado.
A falta de mão de obra é causa ou consequência da mecanização/automação ao longo da História? Pergunta ainda sem resposta conclusiva.
Penso que seja causa para uns, consequência para outros.
Recorro ao químico francês Antoine Laurent Lavoisier; “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
As atividades profissionais são transformadas, aprimoradas conforme a demanda dos contratantes. E esses o fazem buscando ajustar e aprimorar, reduzindo custos concomitantemente aos ganhos de produtividade. A procura pela melhoria de vida é inerente ao ser humano que deseja propiciar condições mais favoráveis para si e sua família.
Logo, a falta de mão de obra desafia a mecanização/automação, causando e sendo consequência.
Sendo necessário as entidades responsáveis promoverem cursos técnicos de capacitação ajustados a realidade atualizada. Preparando os profissionais para as demandas do mercado.
E aos empregadores igualmente se atualizarem no ganho de produtividade e também na compreensão social. Pois fica incompleta a crítica aos jovens que recusam o trabalho braçal outrora vivido pelos avós sem o entendimento para o igual desinteresse dos próprios filhos para a continuidade na lida da produção rural.
Essa reflexão merece aprofundamento. Não existindo ainda uma resposta objetiva, mas várias subjetivas percepções.
Compreendendo essa necessidade, em 2025 o EPROCE buscará parcerias para a realizações de palestras nesse propósito. Trazendo palestrantes de outras regiões que já vivenciaram o que hoje estamos vivendo.
Em toda e qualquer atividade econômica o intercâmbio é salutar, não sendo diferente no AGRO alencarino.
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Esta coluna é escrita por Alexandre Fontelles, articulador de desenvolvimento do EPROCE.