A fórmula brasileira para combater o desmatamento e gerar mais renda
A fórmula agrícola do Brasil está revolucionando o campo ao combinar pecuária, lavoura e floresta em um sistema integrado. Essa estratégia, desenvolvida pela Embrapa, permite reduzir emissões de carbono e ampliar a produtividade de forma sustentável.
Sistema ILPF: integração que transforma
Antes de tudo, o modelo ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) mostra que é possível produzir mais sem abrir novas áreas. Com isso, o desmatamento diminui.
Além disso, o solo se recupera com o uso rotativo das terras. O esterco dos animais vira adubo natural, e as árvores oferecem sombra e capturam CO2.
Exemplo real em Mato Grosso
Por exemplo, a família Wolf adota esse sistema em três fazendas de Nova Canaã do Norte. Eles cultivam soja, milho, arroz, criam gado e plantam eucalipto e teca.
Ainda mais, a produtividade surpreende: enquanto a média nacional é de 1 boi por hectare, eles chegam a 12. A madeira das árvores também gera renda adicional.
Resultados práticos e ambientais
Portanto, o sistema ILPF eleva a eficiência, reduz custos e impacta positivamente o meio ambiente. A carne, inclusive, pode ter impacto neutro ou negativo em carbono.
De fato, essa prática pode transformar o setor pecuário brasileiro, historicamente um dos maiores emissores de gases de efeito estufa, em solução climática.
Desafios e expansão do modelo
Contudo, o maior desafio é a resistência dos produtores. Embora já existam 17 milhões de hectares com ILPF, o Brasil possui 180 milhões dedicados a pastagens.
Nesse sentido, o exemplo da família Wolf, que há 15 anos colabora com a Embrapa, mostra que é possível inovar, preservar e prosperar ao mesmo tempo.
Brasil no centro da agenda climática
Por fim, a COP30, que acontecerá em Belém, será uma vitrine para mostrar ao mundo como a fórmula agrícola do Brasil pode ser uma referência global.