Exportações do Brasil caem

Queda histórica nas exportações para os EUA

Durante agosto de 2025, primeiro mês do tarifaço imposto pelo governo norte-americano, as exportações do Brasil para os Estados Unidos recuaram 18,5%. O volume caiu para US$ 2,76 bilhões, ante US$ 3,39 bilhões em agosto de 2024.

Por consequência, produtos relevantes como aeronaves, açúcar, carne bovina e minério de ferro registraram fortes retrações. O impacto foi imediato, afetando diretamente o fluxo comercial com o maior parceiro do Brasil no hemisfério norte.

Tarifas elevadas pressionam setores estratégicos

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços, aeronaves caíram 85%, açúcar recuou 88% e minério de ferro zerou as exportações. Mesmo itens fora da lista tarifada sofreram.

Além disso, especialistas apontam que empresários anteciparam embarques em julho, antes da confirmação oficial de quais setores seriam taxados. Essa movimentação reduziu ainda mais os números de agosto.

Superávit comercial segue positivo

Apesar da queda para os Estados Unidos, o Brasil registrou superávit de US$ 6,13 bilhões em agosto. O número representa crescimento de 35,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Ao mesmo tempo, as exportações totais avançaram 3,9% no mês, alcançando US$ 29,86 bilhões. As importações caíram 2%, somando US$ 23,73 bilhões, o que reforçou o saldo positivo da balança comercial.

Ásia impulsiona crescimento das exportações

Enquanto os embarques para os Estados Unidos recuaram, as exportações do Brasil para a Ásia tiveram desempenho notável. Os envios para China, Hong Kong e Macau cresceram 29,9% e garantiram superávit de US$ 4,06 bilhões.

Além disso, a Argentina apresentou crescimento de 40,4% no mês, confirmando a relevância da América do Sul como destino de produtos brasileiros em tempos de instabilidade.

Setores que se destacaram no mês

Entre os segmentos em alta, a agropecuária cresceu 8,3% puxada por milho (+17,9%) e soja (+11%). A indústria extrativa avançou 11,3%, com destaque para petróleo bruto (+18%).

Na indústria de transformação, carne bovina aumentou 56% e ouro avançou 55,9%. Esses setores compensaram parcialmente as perdas sofridas no mercado norte-americano.

Desafios e perspectivas futuras

Portanto, o cenário mostra contrastes claros. As exportações do Brasil para a União Europeia também recuaram 11,9%, gerando déficit de US$ 0,25 bilhões. Ao mesmo tempo, o crescimento asiático equilibrou o resultado global.

Contudo, no acumulado de janeiro a agosto, as exportações subiram apenas 0,5%, enquanto as importações cresceram 6,9%. O superávit anual recuou 20,2%, totalizando US$ 42,81 bilhões.

Consequentemente, o Brasil precisa reforçar estratégias de diversificação de mercados. O aumento da presença na Ásia e na América Latina pode reduzir os impactos negativos das tarifas norte-americanas.

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