O desmatamento no Brasil caiu 32,4% em 2024 em comparação a 2023, segundo relatório do MapBiomas. A redução atingiu, pela primeira vez, todos os biomas.
Desde então, especialistas vêm destacando esse feito como um marco ambiental inédito. A queda representa o maior recuo desde o início dos registros, seis anos atrás.
Além disso, os dados são promissores
Imagens de satélite mostram que o Brasil perdeu 1,2 milhão de hectares de vegetação nativa em 2024. No ano anterior, esse número foi de 1,8 milhão.
Na Amazônia, a redução foi de 17%. Porém, o dado mais relevante é que Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Pampas também apresentaram queda no desmatamento.
Por consequência, políticas ambientais voltaram ao foco
Com a volta de Marina Silva ao Ministério do Meio Ambiente, o plano nacional de combate ao desmatamento foi reativado. Biomas esquecidos também ganharam atenção.
Além disso, os estados passaram a colaborar mais com a fiscalização ambiental. Mesmo governadores conservadores adotaram ações efetivas de repressão a crimes ambientais.
Igualmente, o setor financeiro tem influenciado
A pressão dos bancos aumentou. Agora, é obrigatória a verificação do histórico ambiental das propriedades antes da liberação de crédito rural.
Inicialmente, apenas bancos estatais usavam o sistema. Hoje, praticamente todas as instituições financeiras aderiram, dificultando o acesso ao crédito para áreas com passivos ambientais.
Portanto, especialistas acreditam na erradicação
Para Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas, o desmatamento no Brasil pode acabar em até cinco anos. Isso depende da continuidade das políticas atuais.
Embora o país ainda lidere o ranking mundial de desmatamento, os avanços serão usados como argumento na COP30, em Belém do Pará, em novembro.