Deportações nos EUA colocam sistema alimentar em risco
Nos próximos meses, deportações nos EUA podem desencadear uma crise sem precedentes no setor de alimentos. Com até 1,3 milhão de trabalhadores ameaçados, a colheita de frutas, legumes e carnes corre sério risco. A indústria alerta para o impacto direto no abastecimento e nos preços dos alimentos.
Setores mais afetados pelas deportações
Atualmente, 42% dos trabalhadores rurais estão em situação irregular. Além disso, entre 30% e 50% dos funcionários dos frigoríficos também não possuem documentação legal. Portanto, as deportações nos EUA atingirão setores como:
- Hortifrutigranjeiros
- Carnes vermelhas
- Laticínios
- Plantas de processamento
Propostas do governo não convencem
Apesar disso, o governo propôs substituir os imigrantes por beneficiários do Medicaid. Essa solução, no entanto, recebeu críticas do setor. Especialistas apontam que poucos desses beneficiários estão aptos a realizar trabalhos físicos pesados em áreas rurais.
Déficit de mão de obra preocupa empresas
Mesmo em cenários otimistas, a indústria ainda enfrentaria um déficit de mais de 500 mil trabalhadores. A maioria dos empregadores afirma que norte-americanos não se candidatam às vagas disponíveis, mesmo com salários a partir de 17 dólares por hora.
Alternativas enfrentam obstáculos
Embora a automação pareça uma saída, ela ainda é cara e limitada. A expansão do visto H-2A poderia ajudar, mas enfrenta processos burocráticos e lentos. Executivos do setor pedem políticas mais realistas e ações imediatas.
Riscos para o consumidor
Se nada mudar, os consumidores sentirão os efeitos das deportações nos EUA no bolso e na mesa. A tendência é de aumento de preços, escassez de produtos e instabilidade no abastecimento.
Conclusão: o setor alimentício pede soluções reais
Em resumo, as deportações nos EUA colocam em xeque toda a cadeia de produção de alimentos. Sem uma política migratória mais eficiente, o país enfrentará impactos econômicos e sociais de longo prazo.