O algodão com fibra longa produzido no Brasil avança em qualidade, resistência e sustentabilidade. A Embrapa, em parceria com a Lyntera, lançou duas novas cultivares: BRS 700FL B3RF e BRS 800 B3RF. Ambas foram desenvolvidas para atender a demandas específicas do mercado têxtil e da produção agrícola nacional.
Alta qualidade e sustentabilidade
Primeiramente, a cultivar BRS 700FL B3RF oferece fibra longa a extralonga, ideal para tecidos finos e moda premium. Além disso, apresenta resistência de 32,8 gf/tex e comprimento médio de 33,5 mm. Portanto, se aproxima do algodão egípcio e pima, elevando o padrão do algodão nacional.
Em segundo lugar, a BRS 800 B3RF foi criada para enfrentar doenças e pragas como a ramulária e o nematoide de galhas. Dessa forma, reduz a necessidade de defensivos e melhora a rentabilidade das lavouras.
Ainda mais importante, ambas usam a tecnologia Bollgard 3 RRFlex, que protege contra lagartas e permite o uso de herbicida glifosato. Isso facilita o manejo e reduz custos operacionais.
Desempenho superior no campo
Notavelmente, a BRS 700FL B3RF apresenta produtividade média de 4.524 kg/ha e rendimento de fibra de 38%. Além disso, adapta-se bem a áreas do Cerrado e da Caatinga.
Por outro lado, a BRS 800 B3RF alcança 5.005 kg/ha, com fibra de 29,5 mm e rendimento de 42%. Também possui ciclo precoce, ideal para segunda safra e cultivos sob pivô.
Nesse sentido, essas cultivares oferecem ganhos expressivos em produtividade, sanidade e qualidade, fortalecendo a posição do Brasil como exportador de algodão com fibra longa.