O agro em alta no Ceará tem sido o grande protagonista do desempenho econômico do estado em 2025. Segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), o valor adicionado da agropecuária cearense cresceu 17,73% no segundo trimestre do ano, superando amplamente a média nacional de 10%.
Esse avanço expressivo mostra a força do agro em alta no Ceará, que vem registrando crescimento de dois dígitos há pelo menos cinco trimestres consecutivos. No acumulado do ano, a expansão chega a 17,66%, e nos últimos doze meses, a impressionantes 20,84%.
Fatores que impulsionam o crescimento do agro no Ceará
Mesmo após o pior período de chuvas em oito anos, o setor manteve o ritmo de crescimento. De acordo com Ana Cristina Lima, assessora técnica do Ipece, o bom desempenho é resultado da capacidade hídrica dos reservatórios, que passou de 51% para 54% entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025.
Além disso, o estado ampliou o cultivo de frutas para exportação e manteve a produção de sequeiro, fortalecendo a base agrícola. Culturas como soja (21,76%), fava (20,2%), milho (11,42%) e melão (122%) estão entre os destaques. Hortaliças como melancia, coentro e alface também apresentaram crescimento consistente.
Esses resultados demonstram como o agro em alta no Ceará tem contribuído para dinamizar economias locais, especialmente no interior do estado, onde o campo se mantém como motor de renda e emprego.
Pecuária também ganha força no PIB cearense
O desempenho da pecuária reforça a relevância do agro em alta no Ceará. A produção de leite subiu 14,22%, enquanto a criação de bovinos aumentou 10,42%. Os setores de suínos (9,77%) e galináceos (5,84%) também contribuíram positivamente, apesar da leve queda na produção de ovos (-3,92%).
Essa diversificação é essencial para manter o equilíbrio da cadeia produtiva e reduzir a dependência de culturas específicas. O avanço do setor pecuário também fortalece segmentos como indústria de laticínios, transporte, comércio rural e serviços agrícolas especializados.
Efeito multiplicador do agro na economia cearense
Embora a agropecuária represente apenas 5,82% do PIB estadual, seu impacto vai muito além da porteira. Segundo o Ipece, o agro em alta no Ceará tem um efeito de encadeamento sobre outros setores econômicos, como serviços e indústria.
Quando a produção agrícola cresce, aumenta o consumo de insumos, o transporte de mercadorias, a geração de empregos e o movimento no comércio das regiões rurais. Esse ciclo fortalece a economia e amplia a arrecadação nos municípios produtores.
A especialista do Ipece explica que esse crescimento regional contribui para impulsionar o setor de serviços, responsável por 75,2% da economia do estado, seguido pela indústria, com 18,98%.
Perspectivas para o PIB do Ceará em 2025
O desempenho do agro em alta no Ceará tem sido decisivo para o crescimento geral da economia. O PIB estadual subiu 3,8% no segundo trimestre e acumula 4,15% de alta no ano — índices superiores à média nacional, que é de 2,5%.
A previsão do Ipece é que o estado encerre 2025 com um avanço de 3,15% no PIB total, marcando a terceira revisão positiva consecutiva. Esse cenário reforça o papel estratégico da agropecuária na consolidação de um modelo econômico sustentável e competitivo.
Com investimento contínuo em infraestrutura hídrica, inovação e exportação, o agro em alta no Ceará deve continuar sendo o principal vetor de desenvolvimento e equilíbrio econômico regional nos próximos anos.
Um futuro promissor para o agro cearense
O desempenho do agro em alta no Ceará é resultado de um conjunto de fatores: capacidade hídrica crescente, modernização da produção, diversificação de culturas e fortalecimento da pecuária.
Com o campo gerando renda, emprego e oportunidades em todo o território, o Ceará consolida sua posição como um dos polos mais promissores do agronegócio nordestino.