Síndrome do murchamento da cana

A síndrome do murchamento da cana preocupa produtores brasileiros. O setor de cana identificou o fungo Colletotrichum como agente causador da doença, segundo o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Essa descoberta marca um avanço para a proteção dos canaviais e abre caminho para soluções sustentáveis.

Impacto da síndrome do murchamento da cana

Atualmente, a síndrome do murchamento da cana afeta cerca de 30% das lavouras brasileiras. Em períodos de seca, as perdas podem chegar a 50% da produção. Além disso, o fungo compromete a qualidade do colmo, deixando-o “fofo” e reduzindo a concentração de açúcares.

Consequentemente, a produtividade do canavial e a rentabilidade do setor sucroenergético ficam ameaçadas. Como o Brasil é o maior produtor global de açúcar, os prejuízos têm impacto direto na economia agrícola.

Descoberta do patógeno e avanços

Agora que o patógeno foi identificado, novas possibilidades de controle surgem. Segundo a diretora de P&D do CTC, Sabrina Chabregas, a definição do agente causal muda o cenário. Ela destacou que a descoberta permite buscar resistência genética, além de desenvolver protocolos de manejo e controle com produtos químicos e biológicos.

Portanto, o setor de cana ganha uma oportunidade estratégica para reduzir perdas e melhorar a resiliência dos canaviais.

Estratégias de enfrentamento da doença

Até recentemente, produtores enfrentavam a síndrome do murchamento da cana de forma empírica. Aplicavam fungicidas sem eficácia comprovada ou realizavam colheitas antecipadas para evitar perdas maiores.

No entanto, a partir do diagnóstico preciso, será possível criar métodos mais consistentes de prevenção. O setor aposta também em biotecnologia, como já ocorreu com a cana transgênica resistente à broca.

Compromisso do CTC com a produtividade

O CTC reforçou seu compromisso público de dobrar a produtividade da cana até o final da próxima década. Para isso, lançou a plataforma Esfera, que reúne especialistas, produtores e pesquisadores em busca de soluções conjuntas.

De acordo com o CEO do CTC, Cesar Barros, “agora que sabemos qual é o agente causal, mudamos de jogo”. Ele lembrou que as mudanças climáticas podem estar acelerando o avanço da doença, exigindo respostas rápidas e integradas.

Perspectivas para o setor de cana

Diante desse cenário, o setor de cana tem a chance de transformar um desafio em oportunidade. A união entre ciência, inovação genética e práticas sustentáveis pode marcar uma nova fase para os canaviais brasileiros.

Assim, produtores terão maior segurança para enfrentar doenças, preservar a produtividade e garantir o futuro da cadeia sucroenergética.

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