Lula responde tarifa dos EUA com convite à COP30
A princípio, como reação ao tarifaço de 50% anunciado pelos Estados Unidos, o presidente Lula afirmou que pretende convidar Trump à COP30. O evento, que acontecerá em Belém, servirá como palco para discutir o clima e as tensões comerciais entre os países.
Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), Lula reforçou que não telefonará para Trump. Em vez disso, preferirá a exposição pública do debate climático como forma de resposta diplomática.
Críticas às tarifas e defesa do Pix
Para justificar as tarifas, o governo americano alegou práticas desleais do Brasil, citando o uso do Pix. Lula rebateu, afirmando que o sistema de pagamento é gratuito, eficiente e revolucionário.
Em tom irônico, o presidente sugeriu que Trump deveria experimentar o Pix. Disse ainda que o lobby das operadoras de cartão teme sua expansão, já que o sistema pode eliminar intermediários financeiros.
Exportações ameaçadas por medidas arbitrárias
Como reflexo direto das tarifas, setores como a fruticultura demonstram preocupação. Segundo a Abrafrutas, frutas como melão, mamão e manga estão prontas para exportação, mas correm risco de perda.
Representantes do setor pediram ao governo a postergação das tarifas e maior apoio aos pequenos produtores, que serão os mais afetados.
Brasil recorrerá à OMC e defende soberania
Para conter os impactos econômicos e sociais, Lula prometeu acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, propôs um plano emergencial para proteger empregos e empresas brasileiras.
Segundo ele, é preciso união entre o governo e empresários. Destacou também que a soberania nacional está em jogo diante das interferências externas e ataques econômicos.
Conclusão: diálogo climático como estratégia
Portanto, convidar Trump à COP30 representa mais que um gesto político. Trata-se de uma estratégia para reposicionar o Brasil como liderança global em sustentabilidade e comércio justo.