O papel do agro na energia renovável é cada vez mais estratégico. Atualmente, o setor agropecuário é responsável por aproximadamente 60% de toda a energia renovável consumida no Brasil. Esse protagonismo reforça a importância do campo na transição energética nacional, impulsionando práticas mais sustentáveis e produtivas.
Importância do agro na matriz energética brasileira
Sem a participação do agro, a presença de fontes limpas na matriz energética brasileira cairia drasticamente. Hoje, cerca de 49% da matriz energética do país é composta por fontes renováveis. No entanto, sem a contribuição do campo, esse percentual cairia para aproximadamente 20%. Ou seja, o agro e energia renovável caminham lado a lado na construção de um futuro mais sustentável.
Além disso, o setor possui vantagens estruturais importantes: clima tropical, alta produtividade por hectare e tecnologias adaptadas ao cenário nacional. Esses fatores tornam o Brasil competitivo na produção com menor impacto ambiental.
Desafios: diesel ainda domina parte do consumo
Apesar dos avanços, a dependência de combustíveis fósseis, especialmente o diesel, ainda é um desafio. Mais de 70% da energia usada diretamente na produção agropecuária ainda vem de fontes não renováveis. Essa realidade expõe o setor a riscos, como variações no preço do petróleo e tensões geopolíticas globais.
Portanto, diversificar as fontes e ampliar o uso de biocombustíveis como etanol, biodiesel e biogás são caminhos urgentes.
Eficiência energética no agro brasileiro
A intensidade energética do setor está próxima da média mundial. O Brasil consome cerca de 1,9 GJ para gerar mil dólares de valor bruto da produção agropecuária. Esse número demonstra boa eficiência, mas ainda há espaço para evolução, especialmente na agroindústria de menor valor agregado.
Caminhos para um agro ainda mais sustentável
Com planejamento e investimentos certos, o Brasil pode ampliar ainda mais sua liderança em energia renovável. O agro já é motor da descarbonização, e pode ser referência global em sustentabilidade energética. Portanto, é fundamental acelerar a transição com políticas públicas, crédito acessível e inovação tecnológica.